Sempre se menciona o fato de o teatro ser uma arte do efêmero, mas pouco se tem estudado os vestígios deixados por este momento tão fugidio. Nesse sentido, este artigo pretende observar a questão da recepção teatral, focando o surgimento do dramaturgo Jorge Andrade e sua dramaturgia ao longo das décadas de 1950 e 1960, quando da escritura, encenação e recepção literária e espetacular de várias de suas obras. Para isso, são visitadas as clássicas teorias acerca do tema da recepção e também a crítica especializada em teatro, depositária dos marcantes encontros entre autor, obra e leitor/espectador, a partir dos quais será possível a construção da imagem do autor e da definição dos lugares de sua obra.