As emissoras comunitárias já são uma realidade. Não precisam plagiar o modelo das demais emissoras, principalmente, as comerciais. Com a tecnologia, necessitam apenas abrir o microfone para a população, fazendo do ouvinte o repórter em algumas determinadas ocasiões. “A revolução das fontes”, como anuncia o professor e jornalista Manuel Carlos Chaparro, em suas aulas e conversas no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
O momento é para refletir a prática jornalística no rádio, sendo o jornalista o emissor e o mediador da notícia. O homem que abre o espaço para quem possui a informação. Liberdade para quem precisa falar. Numa emissora comunitária, o jornalista não precisa ficar com medo da fonte, porque convive com ela. Por isso, o radiojornalismo está pronto para convidar e receber os emissores da notícia, de qualquer local e o mais rápido possível.
Já ao profissional responsável pelo jornalismo da emissora cabe o papel mais importante – o de mediador, que evita os abusos e as mentiras, enfim, os trotes de quem é descompromissado com a informação. Alguns cuidados podem ser tomados, como identificador de chamadas ou o credenciamento do falante. São formas de precaução, mas é no fato de conhecer e acreditar na palavra do outro que se mantém o radiojornalismo nas emissoras comunitárias. Atitude que fortalece as relações com a emissora, a mesma de quando pedimos conselho ou ouvimos o ensinamento de quem está ali apenas para contribuir.

 

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