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Curso De Biblioteconomia

Curso de Biblioteconomia

 

O Curso de Biblioteconomia foi criado concomitantemente à Escola de Comunicações Culturais, atualmente Escola de Comunicações e Artes (ECA) em 1966, sendo iniciadas as aulas em 1967. O seu objetivo inicial era formar profissional capaz de planejar, implantar e administrar bibliotecas e centros de documentação. Naquele momento, refletia com clareza as necessidades da época, tendo como modelo de excelência a própria Biblioteca Central da USP cuja Diretora, Maria Luísa Monteiro da Cunha, foi a primeira coordenadora do curso.

De início, foram instituídos dois cursos diferentes, formalmente seccionados: Biblioteconomia e Documentação. O primeiro tinha como objetivo central a organização de acervos; o segundo buscava o domínio dos instrumentos disponíveis na época para o ordenamento da informação de um determinado campo do conhecimento. Rapidamente essa divisão ruiu, uma vez que não havia incompatibilidade entre elas, mas, ao contrário, uma clara integração.

Em 1976, o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD) foi transformado em IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), com forte presença e influência em toda a Biblioteconomia brasileira. A introdução do termo “informação” apontou o que parecia a opção correta, pois sinalizava para um campo mais amplo, congregando os anseios profissionais dos estudantes da área. A partir desse momento, a antiga Biblioteconomia iniciou a sua metamorfose para Informação. No entanto, essa mudança não significou elevar a Biblioteconomia a um novo patamar, mas apenas direcioná-la para os objetivos e desafios imediatos da C&T, a prioridade do período. Só assim ela era entendida como um útil instrumento para o desenvolvimento nacional.

Na última década do século XX ocorreu a revolução da integração dos computadores em rede – a Internet. Com ela foram instituídas novas lógicas, novas semânticas e novas literacias (no sentido de competências informacionais) . A reboque das profundas alterações que a sociedade em rede experimenta o CBD novamente se depara com o desafio de readequação de sua grade para melhor garantir a formação de seus alunos . Neste sentido, além da constante reformulação dos conteúdos de seu curso tradicional de Biblioteconomia e Documentação, prepara-se para a instituição de duas novas graduações em Arquivologia e Museologia, buscando atender demandas já detectadas há mais de uma década .

Dessa forma, com a arquitetura de três cursos voltados para a preservação, a organização, a difusão e a produção do conhecimento , busca redesenhar sua participação  na formação de profissionais que tanto possam atuar no âmbito da memória e dos processos de organização da informação tradicionais, como na construção de conhecimentos multimídia em formatos digitais distribuídos em rede , garantindo sua inserção na vanguarda da sociedade contemporânea conectada,  com suas novas lógicas de produção e distribuição da informação, num contexto onde copyright e copyleft são complementares e onde autores individuais , coletivos digitais e prosumers (nova designação para usuários onde os mesmos são, simultaneamente, produtores e consumidores de informação) constituem atores em rede.

Com a internet já não havia mais tempos diferentes entre a publicação e a recepção de publicações científicas, fosse qual fosse a distância entre o emissor e o receptor. Nesse novo cenário da informação, à frente estavam os próprios pesquisadores que passaram a dominar todo o ciclo da pesquisa e da publicação, sem que houvesse a necessidade de um “intermediador” – papel desempenhado com vital utilidade na era das obras impressas. A internet tornou possível a qualquer pesquisador manejar as ferramentas de busca. O uso regular da informática aliado à familiaridade com o tema permitiu uma autonomia para o pesquisador que antes não era possível. Disso resultou o self-service informacional: quem precisa, obtém rapidamente. O pesquisador está conectado a grandes centros de informação que dialogam entre si e tornam acessível a todos o que é necessário e com uma rapidez que propicia a emissão e o recebimento instantâneos.

Nessa nova situação o tradicional bibliotecário/documentalista foi excluído do cenário das “intermediações”, passando a atuar em plano menos individual e mais coletivo na organização de plataformas e de protocolos.
 Veja também Projeto Pedagógico

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