_____A oportunidade do tempo livre reúne o espaço da cultura, fomentado pela arte, esporte, ciência, conhecimento. A convivência alerta para a possibilidade do diálogo, sem ficar sozinho ou desejar que o público consuma somente aquilo que os comunicadores pensam ou acham que é notícia.
_____Daquilo que está à sua frente, dividindo o seu coração, esse profissional organiza os jornais planejando a utopia de um mundo cheio de paz. Faz deste espaço uma revolução pela palavra que traduz o presente pelo coletivo. A narrativa conduzida pelo código jornalístico que está fundamentado pelo conceito de liberdade com responsabilidade. Destino traçado por aquilo que precisa pensar, com o medo do futuro revelando a necessidade de desvendar o mistério de seu povo.
_____Esse jornalista não está acostumado com a sujeira, mas, quando se depara com o mundo imperfeito, logo arrisca um modelo baseado na busca incessante pela verdade, no gosto por tentar eliminar a mentira pela notícia. Projeto eterno de um jornalismo independente, no editor que concede autonomia ao repórter que, em contato com seu povo, transforma as Américas num novo universo, unidas pelo ideal de que é possível mudar.
_____Existem, pelo menos, três posturas para se interpretar a realidade: a negação, o aceite ou o debate. Caso o jornalista escolha a primeira opção, o sujeito fica simplesmente desprovido de esclarecimentos. Certos fatos são inexistentes em detrimento do chamado “interesse público”, como a divulgação, por exemplo, da exploração da mão-de-obra desqualificada, principalmente na área da saúde, ou mesmo o despreparo dos profissionais na área da segurança pública, situações resumidas, pelos administradores públicos, na seguinte frase: “Somos pobres e, por isso, precisamos desses profissionais”.
_____Ao apenas aceitar o que é (im)posto, o jornalista depara-se com a mensagem pronta, segundo a notícia construída pelo universo daquilo que foi dito. Torna-se o reprodutor das situações, descompromissado com os por quês que determinam o discurso, como o da preservação do meio ambiente. Eles dizem: “Fazemos muito por esse país”; no jornal está estampado: “Fazem muito pelo país”. E daí o conto fica sem a história porque o escritor se defronta, todos os dias, com um bando de desempregados, sem profissão e com o orgulho ferido. Mesmo assim, ele continua repetindo a farsa da desinformação ao negar o direito ao jornalismo.
_____O acontecer culmina com a necessidade de falar com as pessoas, de saber das coisas. O jornalista reage, pensa, conversa: “Ajudem-me!”. Ele não sabe a história, mas precisa espalhar que todas as pessoas necessitam, no mínimo, de uma casa digna, com uma boa cama, saneamento básico, além da comida na mesa, roupa limpa, trabalho, escola. A reportagem está aberta para as coisas simples da vida, oficializada pela interatividade.
_____Amanhã, ao acordar, ele se depara com o mesmo noticiário, mas vai ter de recontá-la aos seus pais, avós, vizinhos, amigos, porque seu destino é reconstruir a história do hoje pela narrativa que reúne as bandeiras da revolta, da felicidade e, principalmente, do destino desta fantástica moradia soletrada nas palavras sinceras do jornalista.

 

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