Apresentação

_____A possibilidade de um radiojornalismo ampliado pela integração, em que a notícia perpetue o diálogo sobre as situações do cotidiano. A interatividade como perspectiva para a democracia nos meios de comunicação de massa, tendo como base um projeto para a abertura do processo jornalístico. Não há mais domínio diante da informação, mas sim o direito instituído pelo dizer, pela convivência, pela busca de um rádio independente.
_____Uma releitura sobre o rádio conduz esta coleção de artigos. Da parceria com o músico e professor Theophilo Augusto Pinto, da Universidade Livre de Música e da Universidade Anhembi-Morumbi, surge No passado, as novidades para o Rádio Atual. O texto resgata as experiências radiofônicas no Brasil, com uma reflexão diante da produção e da história. O capítulo seguinte Universidade Radiofônica alerta sobre as manifestações sonoras para a educação, por meio da abertura de canais comunicativos. Leituras introdutórias para a trilogia sobre as emissoras brasileiras (educativas, comercias e comunitárias).
_____No próximo capítulo, a conversa é permitida, com o debate estabelecendo a diferença do radiojornalismo transmitido pelas emissoras educativas. Se o noticiário educativo-cultural passa por problemas como a dependência de outras mídias, a ausência de reportagens externas e a reprodução do modelo das emissoras comerciais, com a transmissão do máximo de notícias no menor tempo possível, a alternativa é ampliar a notícia, ao permitir o diálogo entre jornalistas, ouvintes e colaboradores.
_____Berro! – Manifesto para ampliação das vozes e das notícias no radiojornalismo brasileiro é a temática do terceiro capítulo que discute as possibilidades de abertura no trabalho de reportagem, conduzindo os jornalistas das emissoras comerciais como agentes participativos no processo de democratização dos meios de comunicação de massa.
_____Eles precisam avisar a comunidade. Ligam para o Falador. O microfone já está aberto. As ligações permanecem. A equipe de jornalismo da emissora está a caminho. O relato continua. A equipe chega. A notícia é reestruturada. Os eventuais repórteres, agora, são as fontes. A transmissão está completa. No final do dia, o Radiojornal; amanhã, o Ouvidor. As emissoras comunitárias conduzem o quarto capítulo O Falador – o ensino do radiojornalismo nas emissoras comunitárias.
No capítulo Emissoras Universitárias – repórteres contra a padronização da notícia a condução da aprendizagem pelo sujeito criativo que tem, nas emissoras abertas, os espaços para o exercício do jornalismo. Nas rádios universitárias, esperanças traduzidas na pauta diferenciada.
O espaço democrático revela um possível final, propondo o surgimento de um outro radiojornalismo que multiplique as possibilidades e combata a padronização das emissoras ou o modelo reprodutor das mensagens. Novidades para um universo ainda a ser explorado pelos comunicadores.

O autor

O jornalista Luciano Victor Barros Maluly é doutor em Ciências da Comunicação e professor de Radiojornalismo, ambos na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

 

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