O objetivo dessa tese é estudar a produção teatral de Paulo Pontes, dramaturgo que atuou na cena teatral brasileira entre as décadas de 1960 e 1970. Assim sendo, serão analisados os seguintes textos teatrais: Opinião (embora escrito em parceria com Oduvaldo Vianna Filho e Armando Costa), Paraí-bê-a-bá, Brasileiro, profissão esperança, Um Edifício chamado 200; Check-up; Dr. Fausto da Silva, Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; Madalena Berro Solto e Gota dágua. Paulo Pontes inscreve-se na história do teatro brasileiro em um período politicamente tenso e de luta: em plena ditadura militar. Portanto, fez-se necessário recuperar, além desse contexto histórico, a formação do artista e do homem político, a fim de compreender a interlocução de sua obra com a época. Pretende-se defender a ideia de que a práxis teatral de Paulo Pontes estava intimamente relacionada ao contexto sócio-político brasileiro, assim como às suas convicções políticas. O dramaturgo foi além de seu campo de atuação, assumiu também o papel de intelectual de esquerda, engajado em um projeto nacional-popular de cultura. O teatro, em sua concepção, necessitava adotar a perspectiva popular para compreender a complexidade da realidade nacional. Assim, busca-se contribuir para o reposicionamento deste dramaturgo na história do teatro brasileiro.
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