O objetivo deste trabalho foi investigar as Representações Sociais do Teatro. Participaram da pesquisa 603 profissionais de teatro, sendo 170 que se dedicam ao ensino de teatro (Grupo de Formadores), e 433 que se dedicam à prática teatral (Grupo de Práticos). Tivemos como hipótese de trabalho a afirmação das diferenças entre os grupos quanto à caracterização do teatro. Para coleta de dados, utilizamos uma entrevista semi estruturada com questões objetivas sobre a noção de 'espetáculo', 'teatro-comercial', 'teatro-educação' e 'teatro'; e questões subjetivas sobre o fazer teatral no Brasil, as funções do teatro e o significado de teatro. Utilizou-se a Análise de Conteúdo para as questões subjetivas e os Programas de Análise de Evocação e de Análise de Similitude para as questões objetivas. Os resultados mostram convergência na opinião dos dois grupos sobre a categoria 'espetáculo'; e divergências nas demais categorias. De modo geral, os Práticos concebem o teatro como uma atividade prazerosa, cuja principal função é satisfazer uma necessidade existencial deles e da platéia. Para os Formadores o teatro é arte e parte da cultura, exercendo uma função comunicativa e formadora de opiniões na sociedade. Concluímos que as diferentes práticas experimentadas têm contribuído para a discussão e a transformação da Representação Social do Teatro; que as diferenças entre os dois grupos não são auto-excludentes, contribuindo para tomar o teatro, um conceito dinâmico e complexo; que há uma tendência à ampliação das atuais práticas a profissionais de outras áreas como saúde e educação.