O Fim das Vanguardas: da modernidade à pós-modernidade

Ricardo Nascimento Fabbrini

Resumo


O objetivo é estabelecer a relação entre o imaginário da modernidade artística (do fim do século XIX aos anos 70 do século XX), que pode ser caracterizado pela crença que os artistas de vanguarda depositaram nos poderes transformadores da arte – no sentido da estetização da vida - e o imaginário contemporâneo ou pós-vanguardista. É mostrar que o fim das vanguardas artísticas não significou a morte da arte e sequer o fim da própria arte moderna, uma vez que essa está presente, enquanto signo (ou linguagem artística) na arte contemporânea; mas esse declínio assinalou o fim de um dado imaginário: a crença nas idéias de evolução, de progresso, e de Utopia. Evitando a decretação da morte da arte evidenciamos - a partir dos textos de Fredric Jameson, Jürgen Habermas ou Andreas Huyssen – que é preciso verificar em que medida as obras pós-vanguardistas revelam um potencial crítico e de oposição; pois da falência das vanguardas como projeto de emancipação, não resultou a neutralização dos poderes de negação da arte, mas a necessidade de pensá-los em nova chave. Por fim, constatamos que é na arte como efetuações singulares que visam à simbolização do presente, e não como programa, que vários artistas buscam saídas para a arte atual.


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