[1-05 Solo de cítara hindu]

[1-04 Sequência de harmônicos contidos num som]

[1-05 Solo de cítara hindu]

De turbante na cabeça, Hoffmann conclui: “Sendo assim, o músico não estaria para a natureza na mesma relação que o médium e a vidente?”.
Eis o enigma que ousamos enfrentar neste trabalho, que é um complemento do Traité des objets musicaux, o Tratado dos Objetos Musicais, o qual, por sua vez, chegava à conclusão da existência de um dualismo musical: se a música forma uma ponte excepcional entre a natureza e a cultura, evitemos a armadilha alternativa do esteticismo e do cientificismo. Confiemos mais em nosso ouvido, que é uma “visão interior”.
Esta visão é tão viva, esta linguagem é tão clara, que nos esquecemos frequentemente do suporte que o sonoro fornece ao musical; concentramo-nos apenas na notação. Os objetos musicais se reduzem a signos, os quais, por sua vez, remetem a estruturas de referência:

[1-06 Algumas notas do Ricercare da Oferenda Musical de J. S. Bach, ao cravo]

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[1-05 Solo de cítara hindu]