O texto expõe algumas indagações surgidas nas idas às festas populares, em especial aquelas transplantadas para a grande metrópole em função do interesse de artistas e educadores que buscam inspiração e referências na cultura popular para suas atividades de teatro, dança e música. Tomo como exemplo a Festa do Boi do Morro do Querosene, que ocorre há mais de 20 anos no bairro paulistano do Butantã, e busco analisá-la a partir de ferramentas conceituais concebidas pela crítica de arte contemporânea. Trabalho com a hipótese de que o grande interesse pelas práticas de cultura popular tradicional, a partir da década de 1990, é compreendido se levarmos em conta os rumos tomados pela arte contemporânea no mesmo período. Ferramentas conceituais pouco utilizadas para pensar a cultura popular são mobilizadas. Vale destacar o sentido relacional dessas práticas, entre elas os conceitos de “estética relacional” e de “pós-produção”, cunhados pelo crítico francês Nicolas Bourriaud.
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