Resumo
A pesquisadora investiga como se criou a imagem utópica do Rio de Janeiro – e, por conseqüência, do Brasil – com fisionomia européia e como isso é representado nas revistas de ano de Artur Azevedo. Com o fortalecimento dessa miragem da Capital Federal, fortalece-se também um novo gênero teatral no Brasil, especialmente a partir do final do século XIX. O Rio de Janeiro se apresenta, assim, ora como uma Corte imperial, ora como Capital Federal; esta como representação de um Brasil supostamente moderno. Desse modo, as revistas de ano seriam responsáveis por inventar um Rio de Janeiro e exibi-lo ao espectador em quadros curtos e humorísticos-musicais.