O Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP) foi de capital importância na renovação do teatro brasileiro contemporâneo, ao lado de outros grupos, bastante atuantes nas décadas de quarenta e cinqüenta, cimentaram as bases de um teatro que valorizava ao máximo o espetáculo na sua totalidade. O objeto deste trabalho é delinear um perfil das encenações do TAP através das informações e críticas teatrais dispersas na imprensa, no período de 1948 a 1991. A importância do estudo e a singularidade de seu projeto: resgatar historicamente uma imensa produção teatral ao longo de meio século. Com qualidade artística, o TAP empenha-se em dar ao público um cardápio que lhe modifique o paladar, estragado pela televisão e pelo afrouxamento dos laços familiares. O sucesso e a permanência do TAP devem-se, sobretudo, ao hábil talento de Valdemar de Oliveira.