Monografias
A
intranet como modelo de gestão no jornalismo digital
Por
Elias
Machado*
Resumo
Nas
sociedades contemporâneas a gestão das organizações
sociais obedece modelos complexos, capazes de integrar funções
antes atribuídas a distintos profissionais com a finalidade
de maximizar o aproveitamento tanto dos recursos humanos, quanto
da infra-estrutura tecnológica disponível em cada
corporação.
Neste
trabalho defenderemos a hipótese de que, na época
em que predomina a cultura dos computadores, em qualquer que
seja o meio, o bom desempenho dos sistemas de produção
de conteúdos nas organizações jornalísticas,
depende da adoção de redes internas para gerenciar
de forma remota, por um lado, os vários profissionais
envolvidos ao longo da cadeia de produção e, por
outro, as informações recebidas, processadas e
armazenadas.
1.
As redes internas de comunicação na gestão
das redações
A
entrada em perfeita sintonia tanto dos profissionais, quanto
das diversas editorias entre si nas redações das
organizações jornalísticas contemporâneas
passa pela criação de redes internas descentralizadas
de comunicação. A articulação destas
redes possibilita o aumento da cooperação, estimula
a participação e apresenta como resultado final
um trabalho de natureza mais coletiva.
Nas
sociedades complexas, em que cada vez mais aumenta o percentual
das redações virtuais, em que o profissional desenvolve
as atividades distante de um local físico fixo, a competitividade
das organizações jornalísticas depende
em boa parcela do modo como desenvolve, gerencia e moderniza
as redes internas de comunicação entre os jornalistas
envolvidos no processo de produção de conteúdos.
As
redes internas de comunicação são coleções
de recursos web mantidos dentro de espaços corporativos
para produção, troca, utilização
e armazenamento de informações pelos membros da
instituição. (Quinn: 2002). Nestas redes as informações
produzidas pelos jornalistas são compartilhadas para
melhor servir as necessidades internas de comunicação
das organizações.
Os
modelos das redes variam em função do tipo de
empresa, do porte da organização, das especificidades
e objetivos de cada departamento. Uma pequena empresa jornalística,
que apresenta objetivos e necessidades menos complexos, demanda
uma rede interna de gestão da redação muito
diferente da de uma corporação jornalística
transnacional.
No
caso das organizações jornalísticas um
dos equívocos dos modelos de redes internas de comunicação
adotados até aqui consiste em que por uma idiossincrasia
própria ao jornalismo os fluxos internos de informações
são considerados menos relevantes que os externos.
Desde
o século XIX, quando o jornalista descobre a cidade como
campo de cobertura, o mundo circundante pauta a mitologia da
profissão, como demonstra o conhecido bordão:
lugar de repórter é nas ruas. Em contraposição
às demais empresas, em que as informações
internas são avaliadas como muito mais relevantes que
as externas (Amaya: 2003), nas empresas jornalísticas
a prioridade fica por conta da articulação de
redes externas de captação de informações.
O
descuido com as redes internas de comunicação
acaba por supervalorizar as divisões em editorias estanques
em que, raras vezes, um profissional de uma trabalha em colaboração
com o de outra, confundindo a necessidade da especialização,
com um modelo verticalizado de cobertura. Como resultado deste
tipo de anomalia que utiliza mal os recursos humanos disponíveis,
as etapas vinculadas com a coleta das informações
são priorizadas, ficando em plano secundário as
etapas relativas ao processamento.
Na
coleta de informações predomina o modelo que privilegia
a ação individual do repórter, que pelo
talento pessoal, persistência e determinação
consegue concluir o trabalho, enquanto que, a capacidade de
processamento das informações cresce na medida
que as diversas etapas de produção mais que divididas
são compartilhadas por vários profissionais.
Se
nas corporações complexas como as jornalísticas
tanto a tomada de decisões como a sistematização
das informações exige uma circulação
permanente das informações captadas, processadas
e armazenadas, como defende Amaya:2003, nas redações
em vez de simples instrumento de apoio para as atividades dos
profissionais, as redes internas de comunicação
são um dos principais recursos que possui uma empresa
jornalística.
Quando
a estrutura da redação prevê redes capazes
de fornecer aos jornalistas de forma rápida e acessível
às informações necessárias, as relações
entre os profissionais são potencializadas, colaborando
para melhor coordenar as operações relativas às
etapas de produção. A eficiência destas
operações decorre do modo como as redes internas
de comunicação estão a serviço do
trabalho em equipe e em colaboração, viabilizando
a materialização do intercâmbio de projetos
e das ações conjuntas ao longo do processo de
produção de conteúdos.
Ao
aceitarmos como correta a premissa de que para a administração
do conhecimento as informações são mais
valiosas quanto mais compartilhadas, em qualquer que seja a
organização jornalística, mas sobretudo
nas mais complexas, o segredo da boa gestão das redações
consiste em criar mecanismos para aumentar a capacidade de processamento
compartilhado das informações produzidas:
Large
news organizations contain plenty of talented people with
wide areas of expertise. But the bigger the organization,
or the wider its geographical spread, the less lekely their
expertise can be shared at face-to-face meetings. This particularly
applies when staff are in different cities or time zones.
But il could relate to people in the same newsroom if there
is no culture of sharing. If the environment exists
that is, if managers generate it intranets allow people
to share knowledge" (Quinn:2002).
Nas
redações, uma rede de comunicação
interna funciona como uma espécie de catalisador para
a criação conjunta de conhecimento e para as tomadas
de decisões ao longo do processo de produção,
contribuindo para, como demonstra Northrup:1997, simplificar
os fluxos de informações internos e em torno das
organizações jornalísticas.
Uma
simplificação que pela redução da
hierarquia encoraja o surgimento de processos de inovação
sugeridos de baixo para cima, modificando pela superação
modelos viciados de relações entre profissionais,
chefias e fontes.
Neste sentido, a ativação de rede interna de gestão
das redações pode significar um primeiro passo
para adaptar a estrutura das organizações jornalísticas
aos sistemas flexíveis e dinâmicos predominantes
nas sociedades articuladas por e através de redes de
comunicação. For any newspaper trying to
tackle the immense task of fundamentally changing the way people
work, implementally the way people work, implementing an intranet
could appear to be a relatively simple first step to breaking
down organizational walls and weeding out unnecessary middle
management (Northrup:1997).
2.
Modelos de gestão para redes de comunicação
em redações
A
experiência vivida por diversas organizações
jornalísticas ao longo da última década
revela que, por mais que seja um passo essencial, a simples
criação de redes internas de comunicação
para as redações aparece como uma medida insuficiente
para preparar as empresas para o tipo de competição
característico das sociedades das redes.
Antes
de mais nada deve ficar claro que sem um modelo de gestão
adequado ao tipo, ao porte e aos objetivos da empresa e uma
adaptação às estruturas constitutivas do
ciberespaço, provavelmente a rede interna de comunicação
será pouco produtiva para a organização
jornalística. Até aqui os três modelos de
gestão de redes internas de comunicação
para o gerenciamento de redações em empresas jornalísticas
são:
1)
modelos subordinados aos departamentos de informática;
2) modelos subordinados aos departamentos de comunicação
e
3)
modelos auto-gerenciados pelos membros da redação.
Os
modelos gerenciados pelas departamentos de informática
são mais comuns nas empresas de pequeno porte, em que
todo o processo de inovação tecnológica
passa pelo crivo deste setor. Nestes modelos, os sistemas adotados
são quase sempre de natureza genérica, pouco amigáveis
para as funções demandadas pelos profissionais
nas redações e, por conseguinte, de baixa utilidade
para a administração do conhecimento produzido
pela organização.
Aqui,
as redes de comunicação, muitas vezes, são
mais resultado de uma pressão externa imposta pela sinergia
entre as organizações que uma ação
planejada para atender as necessidades concretas previamente
identificadas de cada redação. A elaboração,
produção, manutenção e atualização
destas redes fica por conta das iniciativas tomadas pelos departamentos
de informática, cabendo às redações
o papel coadjuvante, da mera utilização da intranet
como ferramenta de trabalho.
Os
modelos de redes internas de comunicação nas redações
gerenciados pelos departamentos de comunicação,
os mais habituais existentes no mercado, são encontrados
em organizações de médio ou grande porte,
que têm a comunicação como elemento chave
no processo estratégico de gestão da empresa (AMAYA,
2003).
Nestes
modelos o departamento de comunicação assume novas
funções. A elaboração, produção,
manutenção e atualização destas
redes ocorre geralmente em comum acordo com o departamento de
informática, mas sem a participação direta
dos membros das redações. Como contrapartida desta
situação, os modelos de produção
raras vezes são compatíveis com as demandas dos
profissionais.
O
processo de atualização centralizada, externo
às atividades dos profissionais, descompromete o jornalista
de participar na formação destas redes dentro
das redações. A capilaridade deste modelo revela
um descompasso entre os princípios assumidos pelas corporações
e as fórmulas aplicadas para que a comunicação
interna seja um fator de competitividade externa.
Os
modelos de redes internas de comunicação nas redações
auto-gerenciados pelos profissionais são desenvolvidos
pelas organizações que, independentemente do porte,
mantém estruturas empresariais de ponta. Nestes modelos,
as redes são projetadas em plena consonância com
as demandas dos profissionais, cabendo ao departamento de informática
a viabilização técnica dos aplicativos
solicitados pela redação.
A
atualização descentralizada fica por conta dos
próprios jornalistas, que podem interagir com o sistema
sem a necessidade da presença física na sede da
empresa. Com a flexibilização das relações
hierárquicas, mais rígidas nas corporações
tradicionais, fica facilitada a comunicação horizontal
entre os próprios jornalistas, que detém mais
dados para chegar a uma decisão adequada.
Em
vez de estabelecer uma relação passiva com os
jornalistas, a rede interna de comunicação ajuda
na coordenação das tarefas imediatas, possibilitando
o compartilhamento das informações relevantes
produzidas pela organização entre todos os membros
da redação.
Destes
três modelos de gestão das redes internas de comunicação
existentes, os primeiros são os menos indicados porque
ancorados em sistemas de funcionamento centralizados, contrários
à lógica de relações multidirecionais
predominantes na sociedades complexas.
As redes internas de comunicação auto-gerenciadas
pelos profissionais, mais complexas e desenvolvidas por organizações
de ponta - nem por isso, são contra-indicadas às
empresas de pequeno ou médio porte. Uma organização
jornalística de pequeno ou médio porte pode sim
adotar redes internas de comunicação auto-gerenciadas
e de alta complexidade, desde que compatíveis com as
estruturas materiais oferecidas pela empresa e com as habilidades
dos profissionais.
Tudo
porque, antes de mais nada, a complexidade de uma rede interna
de gestão da comunicação nas redações
depende muito mais do tipo de relações dos diversos
jornalistas entre si e com as fontes e dos propósitos
para que está projetada a partir de certas demandas específicas,
do que do porte da organização.
Além
da relação estreita entre os diferentes setores
da organização departamento de informática
e redação a adoção de um
sistema descentralizado de auto-gestão das informações
pelos jornalistas implica compreender que cabe aos profissionais
da empresa uma função estratégica no processo
de gestão do conhecimento dentro das redações.
Função
estratégica possível porque, por mais que tenha
o comportamento limitado por constrangimentos organizacionais,
técnicos ou profissionais, o jornalista exerce mediações
ativas na constituição da redação
como um sistema de ação concreta.
Mediações com um duplo caráter: um ofensivo
que permite aproveitar as contribuições dos colegas
para melhorar a própria situação e um defensivo
com o fim de, a despeito dos constrangimentos impostos pelos
outros membros da empresa, resguardar o espaço individual
de trabalho, mantendo a capacidade pessoal de intervenção.
A coexistência destes dois aspectos em toda estratégia
de ação possibilita traduzir os interesses divergentes
dos diversos membros da redação em objetivos comuns.
3.
A função dos conteúdos para a formação
da cultura interna
Quanto
mais complexa for uma organização jornalística,
mais necessita de uma rede de comunicação interna
de gestão da redação para administrar as
racionalidades múltiplas, divergentes e contingentes
dos diversos profissionais envolvidos nos processos de produção.
Lês conflits dintérêt, lês
incohérences, les pesenteurs structurellesque
en résultent, ne sont pás lês manifestations
don ne sait quelles dysfonctions organizationnelles.
Ils sont la rançon quune organization doit payer
pour exister, et la condition même de as capacite à
mobilisier lês contributions de sés membres et
à obtenir deux ce bon vouloir sans
lequel elle ne peut fonctionner convenablement. (Crozier e Friedberg:1977).
No
caso das organizações jornalísticas transformar
o conflito inerente a qualquer instituição em
colaboração requer a superação do
forte apelo ao trabalho individual existente na cultura profissional
dos jornalistas.
Para
superar um comportamento sedimentado ao longo do tempo em vez
de contrariar uma cultura arraigada entre os profissionais,
a rede interna de comunicação que gerencia o conhecimento
dentro das redações deveria explorar os dois aspectos
constitutivos das relações existentes entre os
membros de uma organização, criando as condições
para que o próprio jornalista perceba como vantajosa
a troca das informações que dispõe pelas
oferecidas pelos demais colegas.
A
natural resistência a compartilhar fontes de difícil
acesso ou informações exclusivas, fatores de distinção
entre os pares, pode mudar se a rede de comunicação
interna apresenta contrapartidas a começar pelo
sigilo das fontes - compatíveis com os critérios
estabelecidos na cultura dos jornalistas para o intercâmbio
de fontes ou informações.
O
primeiro passo para incorporar os profissionais nas redes internas
de gestão das informações consiste em compreender
que para a formação de uma cultura compartilhada
a natureza dos conteúdos deve variar em função
do perfil dos jornalistas, do porte, do tipo e dos objetivos
da organização.
Se
a natureza dos conteúdos pode vir constituir a diferença
que estimula o jornalista a romper com normas da própria
cultura das redações, parece evidente a superioridade
do modelo de auto-gestão das redes internas de comunicação,
caso comparado aos modelos de gestão subordinados ao
departamento de informática ou ao departamento de comunicação
das organizações.
Quando
o jornalista participa de todo o processo de elaboração
das redes de comunicação internas do projeto,
passando pela definição dos conteúdos,
à gestão pode moldar com mais facilidade
o sistema para que o atendimento das necessidades da redação
contemple os interesses individuais dos membros da equipe, além
de que tende a evitar choques com pontos sensíveis da
cultura profissional.
Nada
mais normal que o jornalista relute, por exemplo, a divulgar
fontes ou informações exclusivas em redes internas
atualizadas por membros externos à redação.
Afinal, nada mais condenável entre jornalistas do que
a quebra do sigilo das fontes, que contraria o código
deontológico da profissão.
Como
ocorre com todo comportamento interiorizado em normas profissionais,
a resistência dos jornalistas aos sistemas de compartilhamento
de informações pode diminuir na medida que o profissional
constata as vantagens do trabalho cooperativo na rede interna
da redação. Quinn (2002) identifica várias
funções exercidas pelas redes internas de comunicação
no jornalismo: fontes de informação; fontes para
pesquisa; meio de distribuição de documentos e
instrumento para maximizar o tempo de trabalho.
Estudo de Northrup (1997:21) revela que as disfunções
estruturais existentes nas redes internas de comunicação
para gestão de redações são decorrentes
da falta de compromisso dos diretores, das precárias
condições de infra-estrutura e da sobrecarga de
trabalho que impede o empregado de desfrutar os benefícios
do conhecimento produzido pelo coletivo.
Cada
um destes três motivos indica que sem um compromisso organizacional
que garanta a criação de uma cultura corporativa
que promova a colaboração dificilmente ocorre
o compartilhamento voluntário de informações
entre os profissionais.
A
transição gradual da cultura centrada no conhecimento
individual do profissional para a cultura corporativa centrada
no conhecimento coletivo produzido por todos os jornalistas
passa pelo apoio da direção de redação
das organizações à constituição
das redes internas de comunicação, que necessita
vir acompanhado de medidas concretas como definição
de metas de utilização, alteração
no organograma das redações, com predomínio
de pautas temáticas em vez divisão por editorias,
estabelecimento de novos fluxos de produção, com
estimulo à pesquisa remota, desenvolvimento de tecnologia
de ponta e lançamento de programas de treinamento.
Como
a mudança na cultura profissional demanda tempo, a direção
de redação deve estar preparada para, mesmo com
a aplicação destas ações, enfrentar
resistências dos profissionais, formados numa cultura
diferente. Too many journalists operate in the opposite
culture. They hoard contacts and knowledge, convinced that it
is the very exclusivity of these things that makes the journalist
valuable (Quin:2002).
Quando concebe a rede interna de comunicação como
ação estratégica da organização
jornalística, a direção de redação
deve estar disposta a reformular planos, renovar estruturas
e modificar os recursos disponíveis sempre que sentir
uma utilização aquém das metas estabelecidas,
sem sequer aventar a possibilidade de sua desativação.
Como projeto estratégico, a rede interna de comunicação
exige o desenvolvimento de aplicativos específicos, a
começar por sistemas de administração de
recursos capazes de incluir as demandas dos profissionais da
empresa jornalística.
Sem
um sistema de publicação próprio, a rede
de interna de gestão de conteúdos corre o risco
de afastar os jornalistas pelas dificuldades apresentadas quando
do acesso aos recursos armazenados. Quanto mais participativo
for o processo de criação destes aplicativos,
mais aumenta a probabilidade aceitação da tecnologia
dentro de uma organização.
Um
bom projeto de rede interna numa redação deveria
prever que qualquer decisão seja tomada de comum acordo
com os jornalistas.
4.
Conclusões
Uma
organização jornalística que pretende aproveitar
ao máximo as potencialidades tecnológicas deve
definir como ação estratégica a criação
de redes de comunicação interna para a gestão
dos conteúdos produzidos pela redação.
Definido como um projeto prioritário, a rede interna
de comunicação necessita contar com total apoio
da direção seja com dotação de orçamento
para desenvolvimento de aplicativos, seja para o lançamento
de programas de treinamento para os profissionais.
Projeto
de longo prazo, a rede interna de comunicação
para gestão dos conteúdos deve sofrer reformulações
constantes para incorporar as sugestões apresentadas
pelos membros da redação.
Dos
três tipos de modelos de redes internas de comunicação
para a gestão de conteúdos nas redações:
as subordinadas aos departamentos de informática, as
mantidas pelos departamentos de comunicação e
as auto-gerenciadas pelos jornalistas, as últimas são
as mais indicadas para reduzir a resistência dos profissionais
ao trabalho conjunto.
Para
funcionar de forma adequada uma rede interna de comunicação
para redações precisa considerar o perfil dos
profissionais, o tipo e o tamanho da organização.
Como a definição correta dos conteúdos
representa uma medida decisiva para maximizar a utilização
destas redes, quanto mais participativa for a elaboração
das chamadas intranets, maior a probabilidade da aceitação
da ferramenta pelos profissionais.
As
redes internas de comunicação para gestão
de conteúdos cumprem funções diferentes
dependendo do tipo da organização. Nas corporações
jornalísticas convencionais, a rede funciona como uma
ferramenta auxiliar para o trabalho dos profissionais, enquanto
que, nas organizações desenvolvidas para o meio
digital, as redes são constitutivas da estrutura da empresa.
Se
tiver um projeto estratégico correto, seja qual for o
suporte, a organização ganha competitividade quando
decide articular o compartilhamento das informações
em redes internas de comunicação.
5.
Bibliografia
AVILÉS,
José Alberto et all. Journalists at digital television
newsrooms in Britain and Spain: workflow and multi-skilling
in a competitive environment. Journalism Studies Volume
5, Number 1 2004, pp. 87-100.
CROZIER,
Michel e FRIEDBERG, Erhard. Lacteur et le système.
Les contraintes de laction collective. Paris. Editións
du Seuil. 1977.
MACHADO,
Elias. O Ciberespaço como fonte para os jornalistas.
Salvador. Calandra. 2003.
NORTHRUP,
Kerry. Newspapers intranets: planning and organization.
PANPA BULLETIN, Octuber. 1997.
QUINN,
Stephen. Knowledge management in the digital newsroom.
Oxford. Focal Press. 2002.
ROBERTSON,
James. Sixteen steps to a renewed corporate intranet
Disponível em <http:www.steptwo.com.au>
consultado em 02.07.2004.
SILVA,
Luciana. A produção da notícia no micro
portal cultural Zig Now de A Tarde Online. Trabalho de conclusão
de curso de jornalismo. 2004. Faculdade de Comunicação.
Universidade Federal da Bahia, 60 pp.
SANTOS
ALVES, Raquel Porto Alegre. O radiojornalismo nas redes digitais.
Um estudo dos casos da CBN, do Rio de Janeiro, Radio Cable,
de Madri, e da Rede Coordinadora de Radio, Lima. Dissertação
de Mestrado em Comunicação. Universidade Federal
da Bahia. 2004. 140 pp.
SINGER,
Jane. Strange bedfellows? The diffusion of convergence in
four news organizations. Journalism Studies. Volume 1, Number
1, 2004, pp. 3-18.
URRUTIA,
Amaya. Informar y comunicar a través de las nuevas
tecnologias para crear cultura corporativa en la empresa.
In Palabra-clave Numero 8 Junio de 2003, Bogotá, Facultad
de Comunicación, Universidad de la Sabana, pp. 135-176.
*Elias
Machado é jornalista e doutor em jornalismo. Pesquisador
no Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-line na Universidade Federal
da Bahia (http://www.facom.ufba.br/jol)
e Presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo.
(http://www.jornalismo.ufsc.br/sbpjor).
#
Trabalho apresentado no VII Congresso Latino-Americano de Ciências
da Comunicação, da Associação Latinoamericana
de Pesquisadores em Comunicação (ALAIC), realizado
na Faculdad de Periodismo y Comunicación da Universidad
Nacional de La Plata, Argentina, de 11 a 16 de outubro de 2004.
Voltar
|