Monografias
Opinião
dos assinantes de jornais do interior
Por
Beatriz Dornelles*
De
maneira geral, considerando estudados já feitos e outros
em andamento, que buscam os fundamentos dos jornais do interior,
imprensa interiorana é aquela que pratica um tipo de
"jornalismo comunitário".
O
conceito de imprensa comunitária, no entanto, não
foi, ainda, claramente definido pelos proprietários de
jornais, mas certamente não é o jornalismo comunitário
decorrente da bibliografia que define a comunicação
comunitária.
Quando
os pesquisadores perguntam o que é imprensa comunitária,
os proprietários de jornais respondem: "É
fazer um jornalismo voltado para comunidade".
Pensando
nisso, buscamos, a partir do levantamento de dados, entender
a filosofia do jornalismo do interior, a partir de um estudo
com os jornais gaúchos no final dos anos 90. Por isso,
neste artigo, o jornalismo interiorano irá se confundir
com o "Jornalismo Comunitário", autodenominado
pelos profissionais da área.
Tendo
como referencial as informações dos associados
da ADJORI, (1) entende-se por "jornal interiorano"
o produto impresso de uma empresa ou microempresa jornalística,
constituída juridicamente na Junta Comercial de seu município,
regida pelo ativo e passivo, tendo por objetivo o lucro, através
da comercialização publicitária, venda
de assinaturas e venda avulsa.
O
jornal deve, obrigatoriamente, ser registrado no Cartório
de Registro Especial e manter uma estrutura administrativa mínima,
que inclui um diretor, um contador, um responsável pela
distribuição do jornal, um vendedor de anúncios
e um jornalista. O número de páginas deve ser
de, no mínimo, oito, não havendo imposições
para o máximo. A periodicidade deve ser constante, desde
que diária, trissemanária, bissemanária
ou semanária.
A
filosofia editorial do jornal deve ser comunitária, ou
seja, as matérias produzidas para o jornal devem atender
aos anseios e reivindicações da comunidade que,
dentro do possível, determinará quais as notícias
que devem ser divulgadas pelo jornal, desde que não atendam
nenhum interesse pessoal ou partidário. O diretor e/ou
o jornalista do periódico devem, também, participar
ativamente de todas as atividades promovidas pela comunidade,
ajudando a buscar soluções da forma como se fizer
necessária. (2)
Os
jornalistas do Interior, para se sentirem realmente integrados
à comunidade - exigência para a sobrevivência
do jornal - buscam levantar, com regularidade, as condições
peculiares e a evolução de suas comunidades. Mesmo
não seguindo um método científico, os jornalistas
apresentam certa sistematização em suas ações,
na medida em que buscam traçar um diagnóstico
de seus municípios.
Para
registrar todos estes itens, os jornalistas do Interior, não
apenas observam os acontecimentos, mas participam e tomam decisões
em praticamente todas as áreas que movimentam uma comunidade.
Atuam em reuniões nas escolas, em postos de saúde,
nos hospitais, em sindicatos, nas Igrejas, em cultos, em clubes,
na Câmara de Vereadores, nas Secretarias dos Municípios,
nos órgãos de serviços públicos,
em centros culturais e históricos, nas associações
em geral, no Fórum, na Delegacia de Polícia, na
Prefeitura, nas cooperativas, em audiências dos líderes
locais com autoridades federais e estaduais, etc.
Pudemos
observar, ainda, que este jornalismo tem características
bastante semelhantes em municípios com até 150
mil habitantes. Acima disso, o jornal aproxima-se da prática
estabelecida para grande imprensa, diminuindo a participação
dos jornalistas nas decisões político-comunitárias,
apesar de se manter a publicação de notícias
do município e região.
Esse
tipo de jornalismo do Interior é muito mais comportamental
do que estrutural. Estabelece-se de acordo com a política
de vizinhança, a solidariedade, o coletivismo, os valores,
a moral, a fé religiosa, o respeito humano e a cultura
de pequenas populações, sobressaindo-se, por exemplo,
o bairrismo e a solidariedade entre os moradores, mas segue
as mesmas normas e definições básicas da
teoria que estabelece a prática do jornalismo informativo,
(3) assim como seu Código de Ética.
Nas
grandes cidades os interesses são múltiplos, diversos
e inúmeros. Nas pequenas, há maior homogeneidade.
Assim, nas grandes cidades a divulgação de temas
diversos e amplos é uma necessidade. Nas pequenas, os
leitores querem saber o que está acontecendo em sua cidade,
e, em segundo lugar, na região, havendo um interesse
mínimo por questões de âmbito estadual,
nacional e internacional.
Essas são acompanhadas através do noticiário
das televisões e rádios. Portanto, os jornais
do Interior são produzidos a partir do noticiário
local e regional, abordando temas de diversas naturezas.
Os
leitores de pequenas cidades revelam, ainda, uma preocupação
com a aquisição de conhecimento, através
dos jornais locais, das áreas de "Educação"
e "Saúde", cobertura que, ainda, não
está sendo aprofundada pela maior parte da imprensa interiorana
por falta de profissionais experientes ou capacitados para tanto.
Esse é um problema que deverá ser enfrentado de
imediato pelos proprietários dos jornais regionais.
Também
em função da cultura das pequenas comunidades,
o jornalismo do Interior não permite que seus profissionais
sejam arrogantes, prepotentes ou esnobes, pois essa postura
determina a "morte" do periódico. Os leitores
do Interior se consideram "donos" do jornal da cidade
e não admitem burocracias para serem atendidos pela imprensa.
Quando chegam na redação do jornal, querem ser
atendidos pelo dono. Nada de crachás, nem de secretárias
anunciando quem deseja falar.
Todas
as reclamações, sugestões, queixas e conselhos
precisam ser humildemente aceitos pelos profissionais da imprensa
interiorana, que devem, obrigatoriamente, sob pena de sofrerem
retaliações, responder a todas elas com a busca
de uma solução e jamais demonstrarem descaso diante
do pedido do leitor. O jornalista precisa se engajar na luta
de cada cidadão, desde que seja em defesa de quaisquer
direitos individuais ou coletivos.
No
Interior, a comunidade é também mais unida, mais
solidária e humana. Os vizinhos se conhecem há
anos e, geralmente, são amigos. No mínimo, respeitam-se
uns aos outros. Todavia, em muitos casos, são mais preconceituosos
e discriminatórios. Na cidade grande, os moradores não
sabem quem mora nas paredes vizinhas, mas acompanham o movimento
da vizinhança, sem compromisso com nada.
Por
isso, no Interior não se abala a moral de determinada
pessoa a partir de suspeitas, levantadas em investigação.
Em alguns casos, o jornal abstém-se de denunciar comportamentos
criminosos de parentes de líderes comunitários,
quando a imagem destes pode ser afetada. Esperam o julgamento
e a condenação para divulgar o fato.
Com
base nos depoimentos dos jornalistas e proprietários
de jornais regionais, decidimos, então, checar a opinião
de seus assinantes.
Para
aferir a opinião dos leitores gaúchos, realizamos
um questionário, aplicado em um por cento dos assinantes
de jornais interioranos de 30 municípios, entre 1995
e 1997, representando a divisão microrregional do Estado,
totalizando 1.402 questionários.
As
regiões são: Vale do Rio dos Sinos, Região
Central, Região Sul, Fronteira-Oeste, Região Norte,
Região da Produção, Vale do Rio Pardo,
Noroeste Colonial, Serra, Vale do Rio Caí, Hortências,
Fronteira-Noroeste, Região Metropolitana, Missões,
Litoral Norte, Alto do Jacuí, Vale do Rio Paranhana,
Vale do Rio Taquari, Médio Alto Uruguai, Nordeste e Centro-Sul.
A Campanha não foi incluída por sua total afinidade
com os municípios da Fronteira-Oeste, da qual foram selecionadas
três cidades: Alegrete, Uruguaiana e Santana do Livramento.
As
cidades selecionadas para a pesquisa com os leitores foram as
seguintes: Novo Hamburgo, Santa Maria, Pelotas, Livramento,
Dois Irmãos, Erechim, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul,
Panambi, Alegrete, Farroupilha, Montenegro, Uruguaiana, Venâncio
Aires, Sarandi, Gramado, Santa Rosa, Flores da Cunha, Eldorado
do Sul, Giruá, Osório, Santa Bárbara do
Sul Santa Vitória do Palmar, Taquara, Tupanciretã,
Santiago, Dois Lajeados, Frederico Westphalen, Lagoa Vermelha
e Camaquã.
Quanto
à periodicidade, foram selecionados seis diários,
quatro trissemanários, cinco bissemanários e quinze
semanários. A seguir tabela com dados dos jornais pesquisados:
Principais
informações sobre os jornais do interior
que participaram da pesquisa com os assinantes (a)
|
REGIÃO
|
PERÍODICIDADE
(1995)
|
JORNAL
|
CIDADE
|
FUNDAÇÃO
|
PROPRIETÁRIO
(2002)
|
Vale
do Rio dos Sinos
|
Diário
|
NH
|
Novo
Hamburgo
|
1960
|
Mário
Gusmão
|
Central
|
Diário
|
A
Razão
|
Santa
Maria
|
1934
|
Maria
Zaira da S. De Grandi
|
Sul
|
Diário
|
Diário
Popular
|
Pelotas
|
1890
|
Família
Fetter
|
Fronteira-Oeste
|
Diário
|
A
Platéia
|
Livramento
|
1937
|
Antonio
Badra
|
Vale
do Rio dos Sinos
|
Diário
|
Diário
de Dois Irmãos
|
Dois
Irmãos
|
1983
|
Alan
Caldas
|
Região
da Produção
|
Diário
|
O
Nacional
|
Passo
Fundo
|
1939
|
Múcio
de Castro
|
|
Vale
do Rio Pardo
|
Trissemanário
|
Riovale
Jornal (b)
|
Sta.
Cruz do Sul
|
1976
|
Adalberto
Dreher
|
Noroeste
Colonial
|
Trissemanário
|
A
Notícia Ilustrada (c)
|
Panambi
|
1959
|
João
Veriatto e
Aldimir da Silva
|
Fronteira-Oeste
|
Trissemanário
|
Gazeta
de Alegrete
|
Alegrete
|
1882
|
Hélio
Ricciardi
|
Norte
|
Trissemanário
|
A
Voz da Serra (d)
|
Erechim
|
1935
|
Gílson
Carraro e
Mª Lúcia Smaniotto
|
|
Serra
|
Bissemanário
|
Jornal
Farroupilha (e)
|
Farroupilha
|
1981
|
Jorge
Elemar Bruxel
|
Vale
do Rio Caí
|
Bissemanário
|
Ibiá
(f)
|
Montenegro
|
1983
|
Maria
L. Szulcewski e Mara R. Flores
|
Fronteira-Oeste
|
Bissemanário
|
Jornal
de Uruguaiana
|
Uruguaiana
|
1980
|
Lúcia
Fasolo e
Jair dos S. Rodrigues
|
Vale
do Rio Pardo
|
Bissemanário
|
Folha
do Mate
|
Venâncio
Aires
|
1972
|
Ricardo
Silberschlag e Sérgio Klafke
|
Região
da Produção
|
Bissemanário
|
A
Região
|
Sarandi
|
1973
|
Helmuth
Schmitt Prym
|
|
Região
das Hortências
|
Semanário
|
Jornal
de Gramado
|
Gramado
|
1984
|
Gilberto
Michaelsen
|
Fronteira
Noroeste
|
Semanário
|
Noroeste
|
Santa
Rosa
|
1971
|
Sérgio
Mallmann
|
Serra
|
Semanário
|
O
Florense
|
Flores
da Cunha
|
1986
|
Carlos
Raimundo Paviani
|
Metropolitana
|
Semanário
|
O
Eldorado
|
Eldorado
do Sul
|
1989
|
Lauri
Bernardes
|
Missões
|
Semanário
|
Folha
Giruaense
|
Giruá
|
1980
|
Arno
Kegler
|
Litoral
|
Semanário
|
A
Revisão
|
Osório
|
1988
|
Antão
Valderes Sampaio
|
Alto
do Jacuí
|
Semanário
|
O
Minuano
|
Sta.
Bárbara do Sul
|
1980
|
João
Lemes
|
Região
Sul
|
Semanário
|
O
Liberal
|
Sta.
Vitória do Palmar
|
1937
|
Faustino
Vaudi Munhoz
|
Vale
do Rio Paranhana
|
Semanário
|
Panorama
|
Taquara
|
1975
|
Olavo
Wagner
|
Região
Central
|
Semanário
|
O
Semanário
|
Tupanciretã
|
1966
|
Renato
César de Carvalho
|
Região
Central
|
Semanário
|
Expresso
Ilustrado
|
Santiago
|
1992
|
Renato
César de Carvalho
|
Vale
do Rio Taquari
|
Semanário
|
O
Novo Jornal
|
Dois
Lajeados
|
1993
|
Jesus
Renato T. Paz
|
Médio
Alto Uruguai
|
Semanário
|
O
Alto Uruguai
|
Frederico
Westphalen
|
1966
|
Francisco
Cerutti
|
Região
Nordeste
|
Semanário
|
A
Gazeta Popular
|
Lagoa
Vermelha
|
1972
|
Alduiz
Nepomuceno
|
Centro-Sul
|
Semanário
|
Gazeta
Regional
|
Camaquã
|
1986
|
Luiz
Renato Barboza
|
(a)
Dados atualizados até 2002.
(b) A periodicidade mudou para bissemanal.
(c) Passou a ser diário.
(d) O jornal fechou.
(e) Voltou a ser semanário.
(f) Passou a ser diário.
Após
tabulação dos dados, concluímos que 65,5%
dos leitores do Interior assinam o jornal para saber o que acontece
na cidade. Em segundo lugar, com -35,2% de indicações,
porque os jornais cobrem bem as notícias da região
e 27,8% assinam porque os periódicos representam e defendem
os interesses da comunidade.
Dentre
os assuntos que recebem cobertura dos jornais do Interior, o
noticiário local representa a preferência de 64,2%
dos leitores, sendo o único tema que reúne o interesse
de mais da metade dos leitores. Com 36,5% de indicações,
a Política aparece em segundo lugar, e 32,5% preferem
a Polícia. Dentre as editorias que aparecem em todos
os jornais do Interior, a de menor interesse dos leitores é
a Coluna Social, apontada por 18,4% dos pesquisados.
Depois,
surgem as editorias que não recebem cobertura de grande
parte dos jornais, representando o interesse de menos de 17%
dos assinantes. São elas: saúde, lazer, notícias
nacionais, horóscopo e notícias internacionais.
Noticiário local, Educação e Saúde
são assuntos que estão merecendo maior atenção
dos empresários de jornais. 47,2%, 39,0% e 38,7% dos
assinantes do interior gaúcho, respectivamente, apontam
as três áreas como prioritárias para serem
melhor divulgadas e com maior periodicidade.
A
imparcialidade na divulgação dos fatos é
apontada por 49,2% dos leitores. Número bastante alto,
também, 47,1%, indica que os jornais são parciais,
especialmente na cobertura de Política, do noticiário
local e das ações das prefeituras. No entanto,
100% dos proprietários de jornais do interior garantem
que suas publicações são imparciais.
Mais
da metade dos leitores - 54% - não conhece os jornalistas
que fazem o jornal local, indicando um baixo entrosamento entre
os profissionais e seus leitores.
Apesar
das dificuldades apresentadas por muitos jornais do interior,
quase 70% dos pesquisados atribuem ao jornal conceito bom e
muito bom. 18,4% acham excelente e pouco mais de 3% consideram
péssimos ou muito ruins.
Independente das diversas periodicidades dos jornais, elas atendem
a expectativa de 65% dos assinantes. Outros 33% gostariam que
os jornais fossem, preferencialmente, diários ou trissemanários.
O
preço cobrado pelas assinaturas não é caro
para quase 70% dos assinantes, mostrando que os valores comercializados
no mercado estão bem definidos.
A
quantidade de publicidade divulgada pelos jornais divide bastante
os leitores. 26,8% acham demais; 35,1% não acham que
há muita e 36,3% entendem que a quantidade é a
desejada.
O
número de fotografias e ilustrações publicadas
satisfaz 73% dos assinantes. Outros 23% entendem que poderiam
ser publicadas mais fotografias.
Praticamente
70% dos assinantes lêem ou assinam outros jornais, além
do jornal comunitário. Destes, 31,9% lêem também
o jornal Zero Hora e 30,2%, o Correio do Povo. As revistas Veja
e Isto É são as mais lidas no interior gaúcho.
O
maior índice de rejeição na divulgação
de determinadas editorias pertence à Coluna Social. 23,3%
dos leitores indicam esta área para ser eliminada das
páginas dos jornais. Também há indicativo
de aversão a títulos sensacionalistas, pois eles
são criticados por quase 20% dos leitores. Em terceiro
lugar, aparece o horóscopo, indicado por 13,4% dos pesquisados
para ser anulado do jornal.
Número
reduzido de jornais não está voltando o noticiário
para a comunidade onde atua, o que resulta na indicação
de 8,7% de assinantes que não identificam a comunidade
na leitura do jornal. 13,9% não têm posicionamento.
A grande maioria, no entanto, 75%, identificam a comunidade
na leitura do jornal.
Quase
a metade dos assinantes entende que a melhor edição
dos jornais sai aos sábados e/ou domingo, dias em que
uma grande quantidade de jornais circula com a edição
ampliada. Em segundo lugar, há uma preferência
pelas edições de sexta-feira, que também,
em geral, são maiores que nos outros dias da semana.
Mais
de 70% dos leitores aprovam a divulgação de notícias,
em páginas específicas, sobre Saúde, Educação,
Turismo e Charges. Já, o tema Religião e Misticismo
apresenta um alto grau de rejeição, se comparado
aos demais. Quase 30% dos assinantes não querem que o
jornal divulgue matérias sobre esse tema; 35,3% não
têm posição sobre o assunto. Entretanto,
índice bastante alto - 36% - indica o grau de interesse
dos leitores por textos religiosos ou de conteúdo místico.
Páginas
específicas para os "Classificados" também
contam com a simpatia da grande maioria de leitores. 82,4% querem
que o jornal separe os pequenos anúncios em páginas
específicas. Somente 5% não gostariam que o jornal
tivesse essa seção.
RESULTADO
DA PESQUISA
Número
de pesquisados: 1.402
Municípios pesquisados: 30
PERGUNTA:
Por que você assina o jornal?
Escolhas
|
Percentual
(%)
|
Para
saber o que acontece na cidade
|
65,5%
|
Cobre
bem as notícias da região
|
35,2%
|
Representa
e defende os interesses da comunidade
|
27,8%
|
Atende
as necessidades culturais e informativas
|
23,4%
|
Por
tradição
|
18,6%
|
Proporciona
conhecimento por meio de notícias educativas
|
14,7%
|
Não
há outra opção de leitura
|
4%
|
PERGUNTA:
Qual o assunto que você mais gosta de ler em seu jornal?
Assunto
|
1º
lugar (%)
|
2º
lugar (%)
|
3º
lugar (%)
|
TOTAL
(%)
|
Noticiário
local
|
33,8
|
18,4
|
12,0
|
64,2
|
Política
|
14,1
|
11,6
|
10,7
|
36,5
|
Polícia
|
7,0
|
12,4
|
12,9
|
32,5
|
Economia
|
8,7
|
10,1
|
10,3
|
29,3
|
Esporte
|
10,5
|
9,8
|
7,3
|
27,7
|
Educação
|
6,0
|
9,9
|
8,2
|
24,3
|
Coluna
Social
|
4,2
|
6,7
|
7,4
|
18,4
|
Saúde
|
2,9
|
5,6
|
8,4
|
17,0
|
Lazer
|
4,4
|
4,1
|
6,8
|
15,4
|
Not.
nacionais
|
2,1
|
3,3
|
6,8
|
12,3
|
Horóscopo
|
0,7
|
0,9
|
2,6
|
4,4
|
Not.
internacionais
|
0,1
|
0,4
|
0,7
|
1,3
|
PERGUNTA:
Na sua opinião, que assunto você gostaria que o
seu jornal divulgasse em maior qualidade e intensidade?
Assunto
|
1º
lugar (%)
|
2º
lugar (%)
|
3º
lugar (%)
|
TOTAL
(%)
|
Noticiário
local
|
21,2
|
13,9
|
12,1
|
47,2
|
Educação
|
13,4
|
14,1
|
11,3
|
39,0
|
Saúde
|
16,0
|
14,5
|
8,1
|
38,7
|
Economia
|
9,6
|
10,4
|
8,5
|
28,6
|
Política
|
11,9
|
6,7
|
6,5
|
25,2
|
Lazer
|
4,1
|
7,4
|
12,4
|
23,7
|
Esporte
|
4,7
|
4,4
|
8,0
|
17,2
|
Polícia
|
4,0
|
5,9
|
5,7
|
15,8
|
Not.
nacionais
|
2,7
|
3,3
|
2,9
|
9,1
|
Coluna
Social
|
1,6
|
2,1
|
3,3
|
7,1
|
Not.
internacionais
|
0,2
|
0,6
|
0,8
|
1,7
|
PERGUNTA:
Você julga seu jornal parcial na cobertura de alguma área?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
47,1
|
Não |
49,2
|
Sem
resposta |
3,5
|
PERGUNTA:
Em caso positivo, assinale a área:
Opção
|
Percentual
(%)
|
Política
|
19,2
|
Noticiário
local |
14,4
|
Prefeitura |
11,7
|
Educação |
8,4
|
Esportes |
8,2
|
Economia |
7,9
|
Saúde |
7,0
|
Polícia |
7,0
|
Lazer |
4,8
|
PERGUNTA: Você conhece os jornalistas que fazem
seu jornal?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
42,6
|
Não |
54,1
|
Sem
resposta |
11,4
|
PERGUNTA:
Numa escala de zero a 5, que nota você atribui à
qualidade de seu jornal?
Notas
|
Percentual
(%)
|
Zero |
0,6
|
1 |
2,7
|
2 |
8,4
|
3 |
30,8
|
4 |
38,3
|
5 |
18,4
|
Não
respondeu |
0,5
|
PERGUNTA:
A periodicidade de seu jornal atende as expectativas de informação?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
64,4
|
Não |
33,2
|
Sem
resposta |
2,2
|
PERGUNTA:
Se a resposta anterior foi não, qual a periodicidade
ideal?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Diário |
15,2
|
Trissemanário |
9,8
|
Bissemanário |
7,1
|
Semanário |
0,8
|
PERGUNTA:
Você acha caro o preço da assinatura do seu jornal?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
25,6
|
Não |
67,6
|
Sem
resposta |
6,7
|
PERGUNTA:
Você acha que há muita publicidade e poucas matérias
em seu jornal?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
26,8
|
Não |
35,1
|
Quantidade
desejada |
36,3
|
Sem
resposta |
1,6
|
PERGUNTA:
Seu jornal tem poucas ilustrações e fotos acompanhando
as matérias divulgadas:
Opção
|
Percentual
(%)
|
Poucas |
22,8
|
Satisfatórias |
73,2
|
Muitas |
2,2
|
Sem
resposta |
1,6
|
PERGUNTA:
Além do jornal local você lê e/ou assina
outros jornais e revistas?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
68,9
|
Não |
27,6
|
Sem
resposta |
3,4
|
PERGUNTA:
Quais:
Opção
|
Percentual
(%)
|
Zero
Hora |
31,9
|
Correio
do Povo |
30,2
|
Veja |
19,0
|
Isto
É |
11,6
|
Superinteressante |
3,1
|
Cláudia |
2,8
|
Caras
|
1,4
|
Manchete
|
1,4
|
Exame
|
1,4
|
Folha
de S.Paulo
|
1,1
|
Nova
|
1,0
|
PERGUNTA:
O que você acha que poderia ser eliminado do jornal?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Coluna
Social |
23,3
|
Títulos
sensacionalistas |
17,8
|
Horóscopo
|
13,4
|
Publicidade
na capa |
11,1
|
Artigos
opinativos |
9,1
|
Matéria
sobre violência |
8,1
|
Algumas
crônicas
|
6,9
|
Editorial
|
2,9
|
Noticiário
internacional
|
1,7
|
Noticiário
nacional
|
0,7
|
TUDO
DEVE SER MANTIDO
|
43,2
|
PERGUNTA:
Você identifica sua comunidade na leitura de seu jornal?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
74,1
|
Não |
8,7
|
Sem
posicionamento |
13,9
|
PERGUNTA:
Em que dia da semana seu jornal está melhor?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Domingo
|
22,8
|
Sábado
|
20,3
|
Sexta-feira
|
16,5
|
Quinta-feira
|
4,6
|
Quarta-feira
|
3,2
|
Terça-feira
|
6,1
|
Segunda-feira
|
6,0
|
PERGUNTA:
Você gostaria que seu jornal tivesse uma página
específica para assuntos relacionados à Saúde?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
74,7
|
Não |
6,2
|
Sem
posicionamento |
19,0
|
PERGUNTA:
Você gostaria que seu jornal tivesse uma página
específica para assuntos relacionados à Educação?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
72,6
|
Não |
8,1
|
Sem
posicionamento |
19,2
|
PERGUNTA:
Você gostaria que seu jornal tivesse uma página
específica para assuntos relacionados à Religião/Místico?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
36,1
|
Não |
28,5
|
Sem
posicionamento |
35,3
|
PERGUNTA:
Você gostaria que seu jornal publicasse charge?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
71,4
|
Não |
6,8
|
Sem
posicionamento |
21,6
|
PERGUNTA:
Você gostaria que seu jornal tivesse uma página
específica para assuntos relacionados ao Turismo?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
75,4
|
Não |
5,1
|
Sem
posicionamento |
19,4
|
PERGUNTA:
Você gostaria que seu jornal tivesse uma página
específica para os Classificados?
Opção
|
Percentual
(%)
|
Sim |
82,4
|
Não |
4,9
|
Sem
posicionamento |
12,5
|
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA,
Gastão Thomaz de. Imprensa do Interior, Um Estudo
Preliminar. São Paulo: Convênio IMESP/DAESP,
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Ibrasa, 1972. 4ª ed. Ampliada, São Paulo, Ática,
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Com-Arte, Edusp, 1990 (Coleção Clássicos
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BUENO,
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CAPARELLI,
Sérgio. Comunicação de Massa sem Massa.
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CENSO
DEMOGRÁFICO 1991. Características Gerais da
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1991.
CENSO
DEMOGRÁFICO 1991. Resultados do universo relativos
às características da população
e dos domicílios. Nº 24, Rio Grande do Sul,
IBGE, 1991.
CENSO
DEMOGRÁFICO 1996. Rio Grande do Sul, IBGE, 1996.
CENSO
DEMOGRÁFICO 1991 - Situação Demográfica,
Social e Econômica: Primeiras Considerações.
Rio Grande do Sul, IBGE, 1995.
CENSOS
ECONÔMICOS DE 1985 - Municípios. Indústria,
Comércio, Serviços. Vol. 4 - Região
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Jornalística J. C. Jarros, 1994.
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Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: Forense, 1981.
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SODRÉ,
Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966.
TABLÓIDE.
Mais que um formato, hoje uma forte marca de jornalismo sério,
formador de opinião. Zero Hora, 1989.
ARQUIVOS
DOCUMENTAIS
-
Biblioteca Pública do Estado. Porto Alegre: Seção
de Jornais e Revistas.
-
Biblioteca Pública de Pelotas: Seção de
Jornais
-
Biblioteca da Fundação de Economia e Estatística.
Porto Alegre.
-
Instituto Brasileiro de Economia e Estatística. Setor
de Pesquisa, Porto Alegre/RS.
-
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre: Coleção de Jornais.
-
Museu Hipólito José da Costa. Porto Alegre: Setor
de Imprensa, Arquivo de periódicos.
-
Prefeitura de Uruguaiana. Setor de Documentação.
-
Prefeitura de Santana do Livramento. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Giruá. Setor de Documentação.
-
Prefeitura de Panambi. Setor de Documentação.
-
Prefeitura de Lagoa Vermelha. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Osório. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Santa Vitória do Palmar. Secretaria de
Cultura.
-
Prefeitura de Farroupilha. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Erechim. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Santa Maria. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Novo Hamburgo. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Pelotas. Secretaria de Cultura.
-
Prefeitura de Alegrete. Setor de Documentação.
Prefeitura
de Flores da Cunha. Secretaria de Cultura.
NOTAS
(1)
Associação dos Jornais do Interior do Rio Grande
do Sul.
(2)
Essa característica identifica o jornal como de linha
editorial engajada nas lutas comunitárias.
(3)
Adotou-se os conceitos disseminados por José Marques
de Melo.
*Beatriz
Dornelles é Professora do Programa de Pós-Graduação
da Famecos/PUCRS, Doutora em Jornalismo Comunitária e
Mestre em Jornalismo Científico, ambos pela USP.
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