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Monografias


Opinião dos assinantes de jornais do interior

Por Beatriz Dornelles*

De maneira geral, considerando estudados já feitos e outros em andamento, que buscam os fundamentos dos jornais do interior, imprensa interiorana é aquela que pratica um tipo de "jornalismo comunitário".

O conceito de imprensa comunitária, no entanto, não foi, ainda, claramente definido pelos proprietários de jornais, mas certamente não é o jornalismo comunitário decorrente da bibliografia que define a comunicação comunitária.

Quando os pesquisadores perguntam o que é imprensa comunitária, os proprietários de jornais respondem: "É fazer um jornalismo voltado para comunidade".

Pensando nisso, buscamos, a partir do levantamento de dados, entender a filosofia do jornalismo do interior, a partir de um estudo com os jornais gaúchos no final dos anos 90. Por isso, neste artigo, o jornalismo interiorano irá se confundir com o "Jornalismo Comunitário", autodenominado pelos profissionais da área.

Tendo como referencial as informações dos associados da ADJORI, (1) entende-se por "jornal interiorano" o produto impresso de uma empresa ou microempresa jornalística, constituída juridicamente na Junta Comercial de seu município, regida pelo ativo e passivo, tendo por objetivo o lucro, através da comercialização publicitária, venda de assinaturas e venda avulsa.

O jornal deve, obrigatoriamente, ser registrado no Cartório de Registro Especial e manter uma estrutura administrativa mínima, que inclui um diretor, um contador, um responsável pela distribuição do jornal, um vendedor de anúncios e um jornalista. O número de páginas deve ser de, no mínimo, oito, não havendo imposições para o máximo. A periodicidade deve ser constante, desde que diária, trissemanária, bissemanária ou semanária.

A filosofia editorial do jornal deve ser comunitária, ou seja, as matérias produzidas para o jornal devem atender aos anseios e reivindicações da comunidade que, dentro do possível, determinará quais as notícias que devem ser divulgadas pelo jornal, desde que não atendam nenhum interesse pessoal ou partidário. O diretor e/ou o jornalista do periódico devem, também, participar ativamente de todas as atividades promovidas pela comunidade, ajudando a buscar soluções da forma como se fizer necessária. (2)

Os jornalistas do Interior, para se sentirem realmente integrados à comunidade - exigência para a sobrevivência do jornal - buscam levantar, com regularidade, as condições peculiares e a evolução de suas comunidades. Mesmo não seguindo um método científico, os jornalistas apresentam certa sistematização em suas ações, na medida em que buscam traçar um diagnóstico de seus municípios.

Para registrar todos estes itens, os jornalistas do Interior, não apenas observam os acontecimentos, mas participam e tomam decisões em praticamente todas as áreas que movimentam uma comunidade. Atuam em reuniões nas escolas, em postos de saúde, nos hospitais, em sindicatos, nas Igrejas, em cultos, em clubes, na Câmara de Vereadores, nas Secretarias dos Municípios, nos órgãos de serviços públicos, em centros culturais e históricos, nas associações em geral, no Fórum, na Delegacia de Polícia, na Prefeitura, nas cooperativas, em audiências dos líderes locais com autoridades federais e estaduais, etc.

Pudemos observar, ainda, que este jornalismo tem características bastante semelhantes em municípios com até 150 mil habitantes. Acima disso, o jornal aproxima-se da prática estabelecida para grande imprensa, diminuindo a participação dos jornalistas nas decisões político-comunitárias, apesar de se manter a publicação de notícias do município e região.

Esse tipo de jornalismo do Interior é muito mais comportamental do que estrutural. Estabelece-se de acordo com a política de vizinhança, a solidariedade, o coletivismo, os valores, a moral, a fé religiosa, o respeito humano e a cultura de pequenas populações, sobressaindo-se, por exemplo, o bairrismo e a solidariedade entre os moradores, mas segue as mesmas normas e definições básicas da teoria que estabelece a prática do jornalismo informativo, (3) assim como seu Código de Ética.

Nas grandes cidades os interesses são múltiplos, diversos e inúmeros. Nas pequenas, há maior homogeneidade. Assim, nas grandes cidades a divulgação de temas diversos e amplos é uma necessidade. Nas pequenas, os leitores querem saber o que está acontecendo em sua cidade, e, em segundo lugar, na região, havendo um interesse mínimo por questões de âmbito estadual, nacional e internacional.

Essas são acompanhadas através do noticiário das televisões e rádios. Portanto, os jornais do Interior são produzidos a partir do noticiário local e regional, abordando temas de diversas naturezas.

Os leitores de pequenas cidades revelam, ainda, uma preocupação com a aquisição de conhecimento, através dos jornais locais, das áreas de "Educação" e "Saúde", cobertura que, ainda, não está sendo aprofundada pela maior parte da imprensa interiorana por falta de profissionais experientes ou capacitados para tanto. Esse é um problema que deverá ser enfrentado de imediato pelos proprietários dos jornais regionais.

Também em função da cultura das pequenas comunidades, o jornalismo do Interior não permite que seus profissionais sejam arrogantes, prepotentes ou esnobes, pois essa postura determina a "morte" do periódico. Os leitores do Interior se consideram "donos" do jornal da cidade e não admitem burocracias para serem atendidos pela imprensa. Quando chegam na redação do jornal, querem ser atendidos pelo dono. Nada de crachás, nem de secretárias anunciando quem deseja falar.

Todas as reclamações, sugestões, queixas e conselhos precisam ser humildemente aceitos pelos profissionais da imprensa interiorana, que devem, obrigatoriamente, sob pena de sofrerem retaliações, responder a todas elas com a busca de uma solução e jamais demonstrarem descaso diante do pedido do leitor. O jornalista precisa se engajar na luta de cada cidadão, desde que seja em defesa de quaisquer direitos individuais ou coletivos.

No Interior, a comunidade é também mais unida, mais solidária e humana. Os vizinhos se conhecem há anos e, geralmente, são amigos. No mínimo, respeitam-se uns aos outros. Todavia, em muitos casos, são mais preconceituosos e discriminatórios. Na cidade grande, os moradores não sabem quem mora nas paredes vizinhas, mas acompanham o movimento da vizinhança, sem compromisso com nada.

Por isso, no Interior não se abala a moral de determinada pessoa a partir de suspeitas, levantadas em investigação. Em alguns casos, o jornal abstém-se de denunciar comportamentos criminosos de parentes de líderes comunitários, quando a imagem destes pode ser afetada. Esperam o julgamento e a condenação para divulgar o fato.

Com base nos depoimentos dos jornalistas e proprietários de jornais regionais, decidimos, então, checar a opinião de seus assinantes.

Para aferir a opinião dos leitores gaúchos, realizamos um questionário, aplicado em um por cento dos assinantes de jornais interioranos de 30 municípios, entre 1995 e 1997, representando a divisão microrregional do Estado, totalizando 1.402 questionários.

As regiões são: Vale do Rio dos Sinos, Região Central, Região Sul, Fronteira-Oeste, Região Norte, Região da Produção, Vale do Rio Pardo, Noroeste Colonial, Serra, Vale do Rio Caí, Hortências, Fronteira-Noroeste, Região Metropolitana, Missões, Litoral Norte, Alto do Jacuí, Vale do Rio Paranhana, Vale do Rio Taquari, Médio Alto Uruguai, Nordeste e Centro-Sul. A Campanha não foi incluída por sua total afinidade com os municípios da Fronteira-Oeste, da qual foram selecionadas três cidades: Alegrete, Uruguaiana e Santana do Livramento.

As cidades selecionadas para a pesquisa com os leitores foram as seguintes: Novo Hamburgo, Santa Maria, Pelotas, Livramento, Dois Irmãos, Erechim, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Panambi, Alegrete, Farroupilha, Montenegro, Uruguaiana, Venâncio Aires, Sarandi, Gramado, Santa Rosa, Flores da Cunha, Eldorado do Sul, Giruá, Osório, Santa Bárbara do Sul Santa Vitória do Palmar, Taquara, Tupanciretã, Santiago, Dois Lajeados, Frederico Westphalen, Lagoa Vermelha e Camaquã.

Quanto à periodicidade, foram selecionados seis diários, quatro trissemanários, cinco bissemanários e quinze semanários. A seguir tabela com dados dos jornais pesquisados:

Principais informações sobre os jornais do interior
que participaram da pesquisa com os assinantes (a
)
REGIÃO
PERÍODICIDADE
(1995)
JORNAL
CIDADE
FUNDAÇÃO
PROPRIETÁRIO
(2002)
Vale do Rio dos Sinos
Diário
NH
Novo Hamburgo
1960
Mário Gusmão
Central
Diário
A Razão
Santa Maria
1934
Maria Zaira da S. De Grandi
Sul
Diário
Diário Popular
Pelotas
1890
Família Fetter
Fronteira-Oeste
Diário
A Platéia
Livramento
1937
Antonio Badra
Vale do Rio dos Sinos
Diário
Diário de Dois Irmãos
Dois Irmãos
1983
Alan Caldas
Região da Produção
Diário
O Nacional
Passo Fundo
1939
Múcio de Castro
Vale do Rio Pardo
Trissemanário
Riovale Jornal (b)
Sta. Cruz do Sul
1976
Adalberto Dreher
Noroeste Colonial
Trissemanário
A Notícia Ilustrada (c)
Panambi
1959
João Veriatto e
Aldimir da Silva
Fronteira-Oeste
Trissemanário
Gazeta de Alegrete
Alegrete
1882
Hélio Ricciardi
Norte
Trissemanário
A Voz da Serra (d)
Erechim
1935
Gílson Carraro e
Mª Lúcia Smaniotto
Serra
Bissemanário
Jornal Farroupilha (e)
Farroupilha
1981
Jorge Elemar Bruxel
Vale do Rio Caí
Bissemanário
Ibiá (f)
Montenegro
1983
Maria L. Szulcewski e Mara R. Flores
Fronteira-Oeste
Bissemanário
Jornal de Uruguaiana
Uruguaiana
1980
Lúcia Fasolo e
Jair dos S. Rodrigues
Vale do Rio Pardo
Bissemanário
Folha do Mate
Venâncio Aires
1972
Ricardo Silberschlag e Sérgio Klafke
Região da Produção
Bissemanário
A Região
Sarandi
1973
Helmuth Schmitt Prym
Região das Hortências
Semanário
Jornal de Gramado
Gramado
1984
Gilberto Michaelsen
Fronteira Noroeste
Semanário
Noroeste
Santa Rosa
1971
Sérgio Mallmann
Serra
Semanário
O Florense
Flores da Cunha
1986
Carlos Raimundo Paviani
Metropolitana
Semanário
O Eldorado
Eldorado do Sul
1989
Lauri Bernardes
Missões
Semanário
Folha Giruaense
Giruá
1980
Arno Kegler
Litoral
Semanário
A Revisão
Osório
1988
Antão Valderes Sampaio
Alto do Jacuí
Semanário
O Minuano
Sta. Bárbara do Sul
1980
João Lemes
Região Sul
Semanário
O Liberal
Sta. Vitória do Palmar
1937
Faustino Vaudi Munhoz
Vale do Rio Paranhana
Semanário
Panorama
Taquara
1975
Olavo Wagner
Região Central
Semanário
O Semanário
Tupanciretã
1966
Renato César de Carvalho
Região Central
Semanário
Expresso Ilustrado
Santiago
1992
Renato César de Carvalho
Vale do Rio Taquari
Semanário
O Novo Jornal
Dois Lajeados
1993
Jesus Renato T. Paz
Médio Alto Uruguai
Semanário
O Alto Uruguai
Frederico Westphalen
1966
Francisco Cerutti
Região Nordeste
Semanário
A Gazeta Popular
Lagoa Vermelha
1972
Alduiz Nepomuceno
Centro-Sul
Semanário
Gazeta Regional
Camaquã
1986
Luiz Renato Barboza

(a) Dados atualizados até 2002.
(b) A periodicidade mudou para bissemanal.
(c) Passou a ser diário.
(d) O jornal fechou.
(e) Voltou a ser semanário.
(f) Passou a ser diário.

Após tabulação dos dados, concluímos que 65,5% dos leitores do Interior assinam o jornal para saber o que acontece na cidade. Em segundo lugar, com -35,2% de indicações, porque os jornais cobrem bem as notícias da região e 27,8% assinam porque os periódicos representam e defendem os interesses da comunidade.

Dentre os assuntos que recebem cobertura dos jornais do Interior, o noticiário local representa a preferência de 64,2% dos leitores, sendo o único tema que reúne o interesse de mais da metade dos leitores. Com 36,5% de indicações, a Política aparece em segundo lugar, e 32,5% preferem a Polícia. Dentre as editorias que aparecem em todos os jornais do Interior, a de menor interesse dos leitores é a Coluna Social, apontada por 18,4% dos pesquisados.

Depois, surgem as editorias que não recebem cobertura de grande parte dos jornais, representando o interesse de menos de 17% dos assinantes. São elas: saúde, lazer, notícias nacionais, horóscopo e notícias internacionais.
Noticiário local, Educação e Saúde são assuntos que estão merecendo maior atenção dos empresários de jornais. 47,2%, 39,0% e 38,7% dos assinantes do interior gaúcho, respectivamente, apontam as três áreas como prioritárias para serem melhor divulgadas e com maior periodicidade.

A imparcialidade na divulgação dos fatos é apontada por 49,2% dos leitores. Número bastante alto, também, 47,1%, indica que os jornais são parciais, especialmente na cobertura de Política, do noticiário local e das ações das prefeituras. No entanto, 100% dos proprietários de jornais do interior garantem que suas publicações são imparciais.

Mais da metade dos leitores - 54% - não conhece os jornalistas que fazem o jornal local, indicando um baixo entrosamento entre os profissionais e seus leitores.

Apesar das dificuldades apresentadas por muitos jornais do interior, quase 70% dos pesquisados atribuem ao jornal conceito bom e muito bom. 18,4% acham excelente e pouco mais de 3% consideram péssimos ou muito ruins.
Independente das diversas periodicidades dos jornais, elas atendem a expectativa de 65% dos assinantes. Outros 33% gostariam que os jornais fossem, preferencialmente, diários ou trissemanários.

O preço cobrado pelas assinaturas não é caro para quase 70% dos assinantes, mostrando que os valores comercializados no mercado estão bem definidos.

A quantidade de publicidade divulgada pelos jornais divide bastante os leitores. 26,8% acham demais; 35,1% não acham que há muita e 36,3% entendem que a quantidade é a desejada.

O número de fotografias e ilustrações publicadas satisfaz 73% dos assinantes. Outros 23% entendem que poderiam ser publicadas mais fotografias.

Praticamente 70% dos assinantes lêem ou assinam outros jornais, além do jornal comunitário. Destes, 31,9% lêem também o jornal Zero Hora e 30,2%, o Correio do Povo. As revistas Veja e Isto É são as mais lidas no interior gaúcho.

O maior índice de rejeição na divulgação de determinadas editorias pertence à Coluna Social. 23,3% dos leitores indicam esta área para ser eliminada das páginas dos jornais. Também há indicativo de aversão a títulos sensacionalistas, pois eles são criticados por quase 20% dos leitores. Em terceiro lugar, aparece o horóscopo, indicado por 13,4% dos pesquisados para ser anulado do jornal.

Número reduzido de jornais não está voltando o noticiário para a comunidade onde atua, o que resulta na indicação de 8,7% de assinantes que não identificam a comunidade na leitura do jornal. 13,9% não têm posicionamento. A grande maioria, no entanto, 75%, identificam a comunidade na leitura do jornal.

Quase a metade dos assinantes entende que a melhor edição dos jornais sai aos sábados e/ou domingo, dias em que uma grande quantidade de jornais circula com a edição ampliada. Em segundo lugar, há uma preferência pelas edições de sexta-feira, que também, em geral, são maiores que nos outros dias da semana.

Mais de 70% dos leitores aprovam a divulgação de notícias, em páginas específicas, sobre Saúde, Educação, Turismo e Charges. Já, o tema Religião e Misticismo apresenta um alto grau de rejeição, se comparado aos demais. Quase 30% dos assinantes não querem que o jornal divulgue matérias sobre esse tema; 35,3% não têm posição sobre o assunto. Entretanto, índice bastante alto - 36% - indica o grau de interesse dos leitores por textos religiosos ou de conteúdo místico.

Páginas específicas para os "Classificados" também contam com a simpatia da grande maioria de leitores. 82,4% querem que o jornal separe os pequenos anúncios em páginas específicas. Somente 5% não gostariam que o jornal tivesse essa seção.

RESULTADO DA PESQUISA

Número de pesquisados: 1.402
Municípios pesquisados: 30

PERGUNTA: Por que você assina o jornal?

Escolhas
Percentual (%)
Para saber o que acontece na cidade
65,5%
Cobre bem as notícias da região
35,2%
Representa e defende os interesses da comunidade
27,8%
Atende as necessidades culturais e informativas
23,4%
Por tradição
18,6%
Proporciona conhecimento por meio de notícias educativas
14,7%
Não há outra opção de leitura
4%

PERGUNTA: Qual o assunto que você mais gosta de ler em seu jornal?

Assunto
1º lugar (%)
2º lugar (%)
3º lugar (%)
TOTAL (%)
Noticiário local
33,8
18,4
12,0
64,2
Política
14,1
11,6
10,7
36,5
Polícia
7,0
12,4
12,9
32,5
Economia
8,7
10,1
10,3
29,3
Esporte
10,5
9,8
7,3
27,7
Educação
6,0
9,9
8,2
24,3
Coluna Social
4,2
6,7
7,4
18,4
Saúde
2,9
5,6
8,4
17,0
Lazer
4,4
4,1
6,8
15,4
Not. nacionais
2,1
3,3
6,8
12,3
Horóscopo
0,7
0,9
2,6
4,4
Not. internacionais
0,1
0,4
0,7
1,3

PERGUNTA: Na sua opinião, que assunto você gostaria que o seu jornal divulgasse em maior qualidade e intensidade?

Assunto
1º lugar (%)
2º lugar (%)
3º lugar (%)
TOTAL (%)
Noticiário local
21,2
13,9
12,1
47,2
Educação
13,4
14,1
11,3
39,0
Saúde
16,0
14,5
8,1
38,7
Economia
9,6
10,4
8,5
28,6
Política
11,9
6,7
6,5
25,2
Lazer
4,1
7,4
12,4
23,7
Esporte
4,7
4,4
8,0
17,2
Polícia
4,0
5,9
5,7
15,8
Not. nacionais
2,7
3,3
2,9
9,1
Coluna Social
1,6
2,1
3,3
7,1
Not. internacionais
0,2
0,6
0,8
1,7

PERGUNTA: Você julga seu jornal parcial na cobertura de alguma área?

Opção
Percentual (%)
Sim
47,1
Não
49,2
Sem resposta
3,5

PERGUNTA: Em caso positivo, assinale a área:

Opção
Percentual (%)
Política
19,2
Noticiário local
14,4
Prefeitura
11,7
Educação
8,4
Esportes
8,2
Economia
7,9
Saúde
7,0
Polícia
7,0
Lazer
4,8


PERGUNTA: Você conhece os jornalistas que fazem seu jornal?

Opção
Percentual (%)
Sim
42,6
Não
54,1
Sem resposta
11,4

PERGUNTA: Numa escala de zero a 5, que nota você atribui à qualidade de seu jornal?

Notas
Percentual (%)
Zero
0,6
1
2,7
2
8,4
3
30,8
4
38,3
5
18,4
Não respondeu
0,5

PERGUNTA: A periodicidade de seu jornal atende as expectativas de informação?

Opção
Percentual (%)
Sim
64,4
Não
33,2
Sem resposta
2,2

PERGUNTA: Se a resposta anterior foi não, qual a periodicidade ideal?

Opção
Percentual (%)
Diário
15,2
Trissemanário
9,8
Bissemanário
7,1
Semanário
0,8

PERGUNTA: Você acha caro o preço da assinatura do seu jornal?

Opção
Percentual (%)
Sim
25,6
Não
67,6
Sem resposta
6,7

PERGUNTA: Você acha que há muita publicidade e poucas matérias em seu jornal?

Opção
Percentual (%)
Sim
26,8
Não
35,1
Quantidade desejada
36,3
Sem resposta
1,6

PERGUNTA: Seu jornal tem poucas ilustrações e fotos acompanhando as matérias divulgadas:

Opção
Percentual (%)
Poucas
22,8
Satisfatórias
73,2
Muitas
2,2
Sem resposta
1,6

PERGUNTA: Além do jornal local você lê e/ou assina outros jornais e revistas?

Opção
Percentual (%)
Sim
68,9
Não
27,6
Sem resposta
3,4

PERGUNTA: Quais:

Opção
Percentual (%)
Zero Hora
31,9
Correio do Povo
30,2
Veja
19,0
Isto É
11,6
Superinteressante
3,1
Cláudia
2,8
Caras
1,4
Manchete
1,4
Exame
1,4
Folha de S.Paulo
1,1
Nova
1,0

PERGUNTA: O que você acha que poderia ser eliminado do jornal?

Opção
Percentual (%)
Coluna Social
23,3
Títulos sensacionalistas
17,8
Horóscopo
13,4
Publicidade na capa
11,1
Artigos opinativos
9,1
Matéria sobre violência
8,1
Algumas crônicas
6,9
Editorial
2,9
Noticiário internacional
1,7
Noticiário nacional
0,7
TUDO DEVE SER MANTIDO
43,2

PERGUNTA: Você identifica sua comunidade na leitura de seu jornal?

Opção
Percentual (%)
Sim
74,1
Não
8,7
Sem posicionamento
13,9

PERGUNTA: Em que dia da semana seu jornal está melhor?

Opção
Percentual (%)
Domingo
22,8
Sábado
20,3
Sexta-feira
16,5
Quinta-feira
4,6
Quarta-feira
3,2
Terça-feira
6,1
Segunda-feira
6,0

PERGUNTA: Você gostaria que seu jornal tivesse uma página específica para assuntos relacionados à Saúde?

Opção
Percentual (%)
Sim
74,7
Não
6,2
Sem posicionamento
19,0

PERGUNTA: Você gostaria que seu jornal tivesse uma página específica para assuntos relacionados à Educação?

Opção
Percentual (%)
Sim
72,6
Não
8,1
Sem posicionamento
19,2

PERGUNTA: Você gostaria que seu jornal tivesse uma página específica para assuntos relacionados à Religião/Místico?

Opção
Percentual (%)
Sim
36,1
Não
28,5
Sem posicionamento
35,3

PERGUNTA: Você gostaria que seu jornal publicasse charge?

Opção
Percentual (%)
Sim
71,4
Não
6,8
Sem posicionamento
21,6

PERGUNTA: Você gostaria que seu jornal tivesse uma página específica para assuntos relacionados ao Turismo?

Opção
Percentual (%)
Sim
75,4
Não
5,1
Sem posicionamento
19,4

PERGUNTA: Você gostaria que seu jornal tivesse uma página específica para os Classificados?

Opção
Percentual (%)
Sim
82,4
Não
4,9
Sem posicionamento
12,5

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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- Biblioteca Pública do Estado. Porto Alegre: Seção de Jornais e Revistas.

- Biblioteca Pública de Pelotas: Seção de Jornais

- Biblioteca da Fundação de Economia e Estatística. Porto Alegre.

- Instituto Brasileiro de Economia e Estatística. Setor de Pesquisa, Porto Alegre/RS.

- Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Coleção de Jornais.

- Museu Hipólito José da Costa. Porto Alegre: Setor de Imprensa, Arquivo de periódicos.

- Prefeitura de Uruguaiana. Setor de Documentação.

- Prefeitura de Santana do Livramento. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Giruá. Setor de Documentação.

- Prefeitura de Panambi. Setor de Documentação.

- Prefeitura de Lagoa Vermelha. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Osório. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Santa Vitória do Palmar. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Farroupilha. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Erechim. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Santa Maria. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Novo Hamburgo. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Pelotas. Secretaria de Cultura.

- Prefeitura de Alegrete. Setor de Documentação.
Prefeitura de Flores da Cunha. Secretaria de Cultura.

NOTAS

(1) Associação dos Jornais do Interior do Rio Grande do Sul.

(2) Essa característica identifica o jornal como de linha editorial engajada nas lutas comunitárias.

(3) Adotou-se os conceitos disseminados por José Marques de Melo.

*Beatriz Dornelles é Professora do Programa de Pós-Graduação da Famecos/PUCRS, Doutora em Jornalismo Comunitária e Mestre em Jornalismo Científico, ambos pela USP.

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