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Flávio Galvão

Flávio de Almeida Prado Galvão, nascido na capital paulista em 16 de janeiro de 1926, não era jornalista formado por nenhuma academia. Era formado em jornalismo pela prática, pela experiência. Quando foi convidado a dar aulas na Escola de Comunicações e Artes em 1968 era jornalista há mais de 20 anos do jornal O Estado de S. Paulo. Sua formação acadêmica era a de advogado formado em 1948 pela Faculdade de Direito da USP. Ele foi advogado do jornal O Estado de S.Paulo e da Rádio Eldorado durante a maior parte de sua vida profissional. No Estadão foi repórter, redator auxiliar, chefe do noticiário local, subsecretário, secretário interino (substituiu Cláudio Abramo em várias ocasiões) e, em 1970 era redator político. Ocupou essa posição no jornal até os anos 80 aproximadamente. Assinava uma coluna política no jornal.

Flávio Galvão era paulistano de família tradicional. Filho do sr. Geraldo Galvão e da sra. Albertina de Almeida Prado Galvão. Foi casado com a sra. Maria Aparecida Campos de Almeida Prado Galvão. Não teve filhos.

Exerceu múltiplas atividades além das de advogado e jornalista e depois, professor de jornalismo.

Foi membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de S.Paulo. Preservação das culturas locais era uma das suas preocupações. Encabeçou campanha pró-criação do Museu Histórico do Embu utilizando sua coluna no Estadão.

Fora dos muros da academia, Galvão teve uma atuação política bastante ativa e contundente. Provavelmente por sua origem familiar e, depois, por sua atuação enquanto pessoa de confiança da direção do jornal O Estado, visto que exercia a função de advogado da empresa, Flávio Galvão possuía trânsito livre nas esferas político-militares. Era amigo íntimo de várias personalidades que fizeram a história política de São Paulo e, mesmo do Brasil.

Essa estreita relação com as forças político-militares lhe renderam dezenas de condecorações: o Exército o condecorou com a Medalha do Pacificador, a aeronáutica com a Ordem do Mérito Aeronáutico, no grau de cavaleiro; a Polícia Militar paulista também ofereceu a Medalha do Sesquicentenário daquela instituição.

Flávio Galvão integrou a primeira equipe de professores da então chamada Escola de Comunicações Culturais, denominação original da Escola de Comunicações e Artes atualmente.

A seleção dessa primeira equipe de professores foi feita por meio de concurso público de títulos, realizado em 1966. A seleção preliminar dos currículos foi feita pelo primeiro Diretor da escola, prof. Dr. Júlio Garcia Morejón, e a decisão final foi tomada pelo CTA – Conselho Técnico Administrativo – então integrado por Catedráticos da USP. Apenas dois candidatos foram selecionados: José Marques de Melo, jornalista com formação acadêmica em Jornalismo, era pós-graduado em Ciências da Informação Coletiva pelo CIESPAL e o jornalista Flávio Galvão, que, tudo indica, fora aceito pela extensa experiência prática já que até aquela data exercera praticamente todas as funções dentro de uma redação.

Flávio Galvão ministrou aulas na ECA até 1972, quando provavelmente retirou-se por não cumprir os requisitos estabelecidos pela nova legislação de ensino, que exigia o grau de Mestre para dar aulas em faculdades.

Em 1994, quando faleceu em 18 de fevereiro, não atuava mais como jornalista. Exercia a função de advogado do Banespa.

Crédito: Lourdes Rivera

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