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Frei Caneca

Joaquim da Silva Rabelo, o frei Caneca, nasceu em Recife (PE) em agosto de 1779.

Em 1796, recebeu o hábito da Ordem do Carmo, quando passou a se chamar Joaquim do Amor Divino, nome posteriormente acrescido do apelido Caneca, decorrente da profissão de tanoeiro do pai. A partir de 1801 estudou no recém-fundado Seminário de Olinda, onde se diplomou em filosofia, retórica e geometria. Iniciou sua produção em retórica e a carreira de professor em 1802, lecionando na ordem dos carmelitas.

Foi preso aos 37 anos por participar da Revolução Republicana de 1817 e enviado a Salvador, onde ficou enclausurado por quatro anos. Ao sair da prisão, em 1821, retornou a Recife e participou da primeira junta governativa de Pernambuco. No ano seguinte, Caneca publicou a Dissertação Sobre o Que se Deve Entender por Pátria do Cidadão e Deveres deste para com a Mesma Pátria, um de seus textos mais importantes. No ano da Independência, escreveu o Sermão Apologético da Aclamação, proferido na Igreja do Corpo Santo, por ocasião da aclamação de dom Pedro I.

Em 1823 escreveu Cartas de Pítia a Damão e lançou o jornal Tifís Pernambuco, que duraria 28 edições. Erudito influenciado pela maçonaria e fiel ao ideal iluminista de soberania, Caneca aderiu em 1824 ao movimento republicano separatista da Confederação do Equador. Acossado, tentou fugir para o interior, mas foi preso e condenado à morte por uma comissão militar. No dia 13 de janeiro de 1825, frei Caneca foi fuzilado em Recife.

Três obras: Compêndio de Gramática Portuguesa (cerca de 1820), O Caçador Atirando à Arara Pernambucana (1823) e Itinerário (1824).

Crédito: Marcelo Januário

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