Critérios
de Noticiabilidade:
A assessoria de imprensa nos caminhos da
notícia
Por Regina
Zandomenico*
Resumo
Este
artigo apresenta as principais definições
sobre o que é noticia indicando que,
desde o século 17, estudiosos da
comunicação buscam uma explicação
objetiva para esta questão. O trabalho
mostra que os avanços tecnológicos
não só trouxeram as notícias
para mais perto do público como também
aumentaram a variedade delas. Também
são elencados os fatores que influenciam
o processo de definição das
notícias, como os constrangimentos
organizacionais, destacando-se o trabalho
das assessorias de imprensa.
Palavras-chave
[Noticiabilidade
/ Assessorias de imprensa / Agendamento]
O
artigo nono do Código de Ética
dos Jornalistas Brasileiros determina que
é dever do profissional da área
divulgar todos os fatos que sejam de interesse
público. No dia a dia das redações
brasileiras e de qualquer parte do mundo,
entretanto, determinar o que é interesse
público e, conseqüentemente,
o que é notícia é uma
tarefa cercada de condicionantes, que incluem
desde questões pessoais e organizacionais,
até pressões, que passam pela
corrida contra o relógio e a relação
com os colegas.
Qualquer
jornalista que tenha passado por um veículo
de comunicação reconhece que,
em muitas situações, se gasta
mais tempo discutindo o que é interesse
público do que o empregado para produzir
as reportagens. Em outras ocasiões
o trabalho jornalístico ganha um
perfil automatizado onde o mais importante
passa a ser a rapidez e a quantidade de
produção de pautas e suas
conseqüentes reportagens. Nesses casos,
há discussão sobre a relevância
do fato não existe porque é
mais importante preencher espaços
na programação, nas páginas
impressas e atualizar os sites.
Soma-se
a esses fatores os veículos de comunicação
cujos critérios de noticiabilidade
estão diretamente ligados apenas
as demandas vindas dos departamentos comerciais.
Os
profissionais do campo jornalístico,
salienta Traquina (1988), têm um desafio
cotidiano:
(...)
elaborar um produto final (jornal, telejornal,
noticiário radiofônico) todos
os dias e todas as semanas. É impensável
a hipótese do apresentador do telejornal,
por exemplo, dizer "hoje não
há notícias" ou "temos
hoje um programa mais curto porque não
havia notícias suficientes"
(Cf. Traquina, 1988:31).
Dentro
deste contexto, existe a questão
do que é realmente interesse público
e o que pode ser avaliado como interesse
do público. Nessa discussão
novamente entram inúmeros fatores
e, como não se trata de uma ciência
exata, o produto final pode variar não
só pelo tipo de cobertura como pelo
simples fato de nem sequer ganhar espaço
para veiculação.
Nesse
processo de avaliação do que
pode ser considerado como notícia,
Gomis (2002) identifica o "importante"
e o "interessante" como dois valores
básicos e afirma que é possível
que nem todos os meios de comunicação
coincidam nas escolhas. Variados veículos
podem dar mais destaque ao importante e
outros ao interessante. O que se constata
é que muitos assuntos ganharam ao
longo da história o status de noticiáveis.
Não se discute mais se devem ou não
ser veiculados porque deixá-los de
lado implicaria em levar o temido furo jornalístico.
Nesta lista estão as guerras e desastres
ecológicos, mesmo nos países
mais distantes; as mortes de personalidades
e disputas esportivas como Copas do Mundo
e Olimpíadas.
A
cada segundo milhares de informações
das mais variadas áreas estão
à disposição do público,
de qualquer faixa etária e escolaridade.
Neste universo, principalmente o público
adulto pode constatar na prática
que a cada ano surgem temas que em épocas
anteriores jamais teriam sido pensados ou
discutidos. Na década de 80, por
exemplo, a clonagem de celulares e roubos
virtuais em contas bancárias pareceriam
temas de filmes de ficção
científica.
Atualmente
são assuntos obrigatórios
muitas vezes apresentados em editorias fixas
de jornais e programas especializados. Uma
reportagem publicada na folhaonline em 28
de abril deste ano, por exemplo, revela
que, segundo um estudo inglês, laptops
conectados à internet pelo sistema
wireless (sem fio) podem transmitir radiação
quando colocados no colo, principalmente
em crianças. Um assunto inimaginável
na década passada como notícia
nos veículos de comunicação.
Diante
do vasto campo de assuntos que a cada dia
ganham veiculação como notícias
seguem em paralelo discussões sobre
a valoração deles. Merecem
ou não merecem esse destaque? As
indagações sobre o que é
noticiável são tão
antigas que já eram uma preocupação
no século 17. Um ponto diferencial
é que os estudiosos daquela época
levavam em consideração as
conseqüências do fato depois
da publicação:
No
Schediasma Curiosum de Lectione Novellarum,
de 1676, Christian Weise afirma que ao
selecionar as notícias se deve
separar o verdadeiro do falso. Daniel
Hartnack, em 1688, também tratou
do problema da seleção de
notícias em seu Erachten von Einrichtung
der alten teutschen und neun europäischen
Historien, enfatizando a importância
dos fatos. As conseqüências
de um acontecimento eram decisivas para
se decidir se ele seria divulgado ou não"
(Cf. Kunczik. 1997:241).
A
primeira tese sobre jornalismo, denominada
"De relationibus novellis1", foi
defendida, no dia 8 de março de 1690,
na Universidade de Leipzig, na Alemanha,
pelo estudante Tobias Peucer (Melo, 2001).
Kunczik relata que, nesse trabalho que abordava
a publicação de jornais na
Alemanha, Peucer afirmou que só deveriam
ser escolhidos para publicação
os fatos que merecessem ser lembrados e
conhecidos. A vida particular da aristocracia,
crimes hediondos, especulação
sobre assuntos de Estado, obscenidades e
o que prejudicasse a religião deveriam
ser evitados.
Na
avaliação de Tobias Peucer
no século 17 as notícias de
separações entre personalidades
do mundo artístico e seqüestros-relâmpago,
por exemplo, atualmente consideradas noticiáveis
não deveriam se tornar de conhecimento
público por meio dos veículos
de comunicação.
Do
século 17 até a atualidade,
várias teorias tentaram explicar
as notícias, mas nenhuma ganhou independência
a ponto de ser considerada definitiva. A
questão da noticiabilidade, ainda
é discutida rotineiramente nas faculdades,
por estudiosos da comunicação
e no mercado de trabalho jornalístico,
mas uma definição consensual
ainda está longe de tornar-se realidade.
Uma
das teorias mais antigas oferece a idéia
de que as notícias são como
são porque a realidade assim as determina
e tem como ponto-chave o jornalista como
um comunicador preocupado apenas em procurar
a verdade e repassá-la como informação.
Os
dois momentos históricos mais importantes
dessa teoria aconteceram em meados do século
19, com a introdução de um
"novo jornalismo" caracterizado
pela cisão entre fatos e opiniões,
e no início do século 20 com
a adoção do conceito de objetividade
na notícia.
O
primeiro momento foi defendido pelas agências
de notícias como a inglesa Reuters
a americana Associated Press e a francesa
Havas entre 1830 e 1860. As agências
defendiam que esse novo formato facilitava
a distribuição das notícias
para públicos mais heterogêneos.
A segunda fase trouxe à tona a discussão
de que, em alguns casos, os fatos podem
ter uma origem duvidosa provocada pelo surgimento
da atividade de relações públicas
e da propaganda relacionada à Primeira
Guerra Mundial.
Paralelamente
ao surgimento do "novo jornalismo"
as discussões sobre o que deveria
ser notícia começaram a ganhar
espaço. O sociólogo alemão
Max Weber, por exemplo, abordou a questão
das notícias em um trabalho de 1918
e o sociólogo norte -americano Robert
Park discutiu o mesmo tema em 1922.
Na
década de 50 o conceito de "gatekeeper"
apresentado por David Manning White defendeu
que a produção da informação
tem que passar por vários portões.
Esses "gates" (portões)
estariam ligados as decisões que
o jornalista deve tomar até considerar
o fato noticiável. Embora o conceito
tenha sido considerado um dos pontos altos
do estudo das notícias, não
conseguiu encerrar as discussões
sobre o tema.
O
que é notícia, portanto, pode
ser avaliada como uma das indagações
mais complexas do jornalismo. O questionamento
é repleto de respostas que, dependendo
da linha de pensamento e experiência
profissional, podem levar a diferentes interpretações.
Age
(1991) assinala que podem ser elencadas
dezenas de definições clássicas
de notícia, mas nenhuma delas consegue
atingir um ponto comum. Entre as definições
citadas pelo autor estão a de Turner
Catledge que considera a notícia
algo que não se sabia ontem, e a
de Colliers Weekly que avalia o fato noticioso
como tudo aquilo que o público necessita
saber.
No
universo das inúmeras definições
sobre o que é notícia Schudson
(1988) avalia que elas podem corresponder
a três categorias de ações:
pessoal, social e cultural. Na ação
pessoal as notícias são explicadas
como produto das pessoas e suas intenções.
Na
ação social as notícias
são encaradas como um produto das
organizações e seus constrangimentos.
E na ação cultural as notícias
são conceituadas como um produto
da cultura e dos limites impostos por ela.
O próprio Schudson reconhece, contudo,
que essas divisões são abstratas
e insuficientes para explicar os condicionamentos
sobre a notícia isoladamente.
Se
por um lado as notícias continuam
sem uma definição definitiva
os avanços na área de telecomunicações
multiplicaram a presença delas na
vida das pessoas em todo o planeta. A tecnologia
nos torna mais próximos de qualquer
notícia e nos dá a impressão
que sabemos de tudo o que acontece no mundo.
O aperfeiçoamento dos satélites
de comunicação, aliado a divulgação
instantânea de imagens e sons pela
televisão e internet nos permite
acompanhar ao vivo, não importando
a distância ou fuso horário,
um acontecimento em qualquer parte do mundo
e até as viagens de reconhecimento
a outros planetas. Além disso, o
futuro nos indica a interatividade nas TVs
como mais uma característica importante
deste meio, transformando o público
em seletor da sua própria programação
noticiosa ou de entretenimento.
Se
o Brasil fosse descoberto hoje, o fato,
com certeza, ainda seria veiculado, mesmo
que tivesse que disputar espaço com
outras notícias, mas a informação
daria a volta mundo em muito menos tempo
que o gasto por Pero Vaz de Caminha para
escrevê-la e envia-la a Portugal.
O
volume e a variedade de informações
disponíveis ao alcance de qualquer
cidadão crescem tanto que um estudo
da School of Information Management and
Systems (SIMS) da Universidade da Califórnia
indica que a humanidade produziu, nos primeiros
três anos deste novo milênio,
mais informações do que o
volume gerado nos 300 mil anos anteriores.
E que, em pouco tempo, esse volume de dados
será duplicado a cada ano.
Independente
do veículo de comunicação
e da variedade de notícias disponíveis,
as figuras dos pauteiros e produtores, profissionais
responsáveis pelo planejamento das
coberturas, ainda é uma figura imprescindível.
De acordo com o organograma das redações,
os jornalistas que ocupam estas funções
são os primeiros a serem questionados
em relação ao fluxo das notícias
que garantirá a edição
do dia. Na escala de questionamentos sobre
o que deve ser noticia, também são
os pauteiros e produtores os mais atingidos.
.Neste processo, entretanto, também
podem ser incluídos repórteres,
editores, chefes de reportagem e redação
ou qualquer outro jornalista que ocupe uma
função que faça parte
do processo de seleção das
notícias.
A
seleção das notícias,
de acordo com Gomis (1991), está
submetida a acertos e erros que não
estão relacionados à exatidão
do fato que se veicula, mas à decisão
de ter escolhido uma notícia para
difundi-la ou descartá-la. O autor
enfatiza que o acerto ou erro estão
relacionados pelo que veiculam os outros
meios de comunicação com os
quais se compete.
Porque
quanto menor a repercussão, menor
a importância da notícia. O
processo se transforma em um círculo
vicioso onde o parâmetro é
que os outros estão veiculando ou
veiculariam. O que já foi comprovado
pelo cotidiano profissional e estudo teórico
do jornalismo é que a noticiabilidade
é cercada de várias influências.
Imagine
um grande acidente em uma cidade vizinha
e uma emissora de rádio sem carro
para transportar a equipe. Pense na apreensão
de mercadoria estragada pela Vigilância
Sanitária no supermercado patrocinador
do telejornal. Falta de infra-estrutura
e constrangimentos organizacionais seriam
apenas duas das inúmeras influências
que os jornalistas enfrentam no cotidiano
profissional. Ao lado do critério
pessoal e do fator tempo, a rotinização
do trabalho e a relação com
as fontes têm se apresentado também
como grandes influências da noticiabilidade
atual.
Um
estudo realizado em 2004 na Universidade
Federal de Santa Catarina buscou identificar
quais critérios os jornalistas das
quatro emissoras de TV aberta de Florianópolis
usavam para selecionar notícias da
Assembléia Legislativa de Santa Catarina.
O cruzamento das informações
obtidas por meio de entrevistas pessoais
e cruzamento da clipagem de quase 90 telejornais
identificou que a assessoria de imprensa
da Assembléia tinha sido a principal
fonte de informação no período
pesquisado. O interessante é que
o resultado foi o mesmo em emissoras com
infra-estrutura e audiências completamente
diferentes.
A
relação com as fontes, em
especial as assessorias de imprensa, infelizmente,
parece sanar várias dificuldades
dos veículos de comunicação.
Com a pressão do tempo, o release
da assessoria pode ser encarado até
mesmo pelos jornalistas mais experientes
como uma tábua de salvação.
A realidade de muitas redações,
inclusive, reúne estagiários
sem nenhuma experiência ocupando funções
estratégicas com salários
abaixo do mercado, entre elas a da pauta
e produção Um telefonema ou
e-mail de um assessor de imprensa para muitos
estagiários é a garantia de
cumprir a tarefa de agendar inúmeras
pautas.
A
falta de equipamentos e de pessoal também
facilita que os jornalistas transformem
as assessorias em fontes de rotina.Não
há tempo suficiente para apurar?
O release traz dados. Não há
carro disponível para levar o repórter
até o entrevistado? O assessor pode
enviar uma declaração. Em
muitos casos, as assessorias enviam fotos
e filmagens, funcionando como se fossem
co-produtoras da reportagem. Assim, em muitas
situações ganha o status de
notícia a informação
que chegar pela assessoria de imprensa mais
ágil e "competente".
Outro
fator importante é que muitos profissionais
experientes migraram para as assessorias
de imprensa, seja em busca de salários
melhores ou estabilidade de emprego. Como
conhecem a fundo a rotina das redações,
principalmente as dificuldades do agendamento
de notícias, acabam oferecendo produtos
específicos para veículos
de comunicação e suprindo
a falta de profissionais. A assessoria de
imprensa da Assembléia Legislativa
de Santa Catarina, por exemplo, oferece
aos jornais impressos e online além
do release, fotos relacionadas ao tema divulgado.
Assim, caso o veículo não
disponha de fotógrafo ou não
tenha tido tempo disponível para
enviá-lo, a assessoria de imprensa
preenche esta lacuna.
As
assessorias de imprensa, a primeira vista,
parecem atender a uma série de demandas:
dos veículos de comunicação,
dos jornalistas ávidos por encontrar
notícias na luta contra o tempo às
organizações preocupadas em
cortas custos. A credibilidade das assessorias,
inclusive, passou a ser medida pela periodicidade
que enviam notícias e estão
disponíveis para atender.
Essa
realidade indica uma questão preocupante,
pois a divulgação de um fato
por uma fonte não é uma relação
gratuita. Gomis (1991) considera que este
processo começa por iniciativa daqueles
que querem ganhar algo com a divulgação.
Em outra etapa estariam os meios de comunicação
que também esperam ganhar audiência
com a divulgação do fato.
As fontes estariam a fim de compensações
diretas ou indiretas, no caso das assessorias
de imprensa, a representação
de interesses alheios.
Dentro
deste contexto, qualquer que seja a origem
da fonte, aquelas que conseguirem manter
um contato rotineiro com os veículos
de comunicação oferecendo
assuntos que despertem a atenção
do público terão automaticamente
mais prioridade. Como as fontes de informação
não são desinteressadas, Traquina
(1988) alerta que elas precisam provar a
credibilidade para ganhar a confiança
do jornalista. Para os profissionais da
imprensa, as melhores fontes são
aquelas que já demonstraram a sua
credibilidade e nas quais o jornalista pode
ter confiança. Essa relação
acaba resultando na repetição
dos entrevistados nas televisões,
rádios e jornais.
A
Federação Nacional dos Jornalistas
consciente de que o mercado das assessorias
cresce a cada ano promove encontros nacionais
e internacionais para discutir a função.
No 14º Encontro Nacional dos Jornalistas
em Assessoria de Comunicação
(Enjac), realizado em Florianópolis
de 9 a 11 de outubro de 2004, a questão
"Assessoria de Imprensa: a serviço
de quem?" foi debatida por 298 profissionais
de várias regiões do país.
Assim como não existe resposta consensual
sobre o que é notícia, também
não houve uma resposta única
para o questionamento.
O
trabalho das assessorias pode ser constatado
na leitura diária dos jornais e no
acompanhamento dos programas jornalísticos
de rádio e TV. Algumas situações
absurdas, como jornalistas acumulando funções
de assessores e repórteres de veículos
de comunicação, infelizmente
também são realidade. A questão
é que essas realidades são
mais facilmente constatadas pelos profissionais
de comunicação. Leitores,
telespectadores e ouvintes, na maioria das
situações, ainda têm
contato com as notícias sem avaliar
ou imaginar o processo que os fatos passaram
até chegar à veiculação.
Conclusão
A
busca pela definição do que
é a notícia e conseqüentemente
o que deve noticiado atravessa séculos
e continua sem consenso. Além das
várias influências que norteiam
a seleção das notícias,
o trabalho das assessorias de imprensa,
criado nos Estados Unidos no início
do século 20, conseguiu um status
que ultrapassa os limites do recomendável
no campo jornalístico.
A
relação com as fontes acontece
em qualquer ramo de atividade jornalística,
mas cabe ao profissional saber quando e
como empregá-las dentro dos critérios
que usa para selecionar notícias.
O que já se sabe de antemão
é que as assessorias nunca serão
desinteressadas e, por isso, não
devem servir como único referencial
no processo de escolha dos fatos que serão
veiculados.
Um
dos riscos mais graves da relação
do jornalista com as fontes é a dependência
profissional. Imagine as conseqüências
de não veicular algo ou torná-lo
noticiável apenas para agradar o
assessor de imprensa que rotineiramente
envia informações. Considerando
esse parâmetro, muitos jornalistas
se transformam em assessores do assessor
de imprensa ao encará-lo como fonte
segura e rotineira de suas decisões
sobre noticiabilidade.
Diante
de tanto fatores que podem influenciar a
seleção das notícias
é válido questionar o que
assistimos nas TVs, ouvimos nas emissoras
de rádio, lemos nas revistas, jornais
impressos e on line. A falta de infra-estrutura,
por exemplo, pode impedir uma cobertura
mais meticulosa. O pouco tempo disponível
é capaz de prejudicar a veiculação
correta de uma notícia. A relação
do assessor de imprensa com a emissora pode
originar uma notícia tendenciosa.
Soma-se a variedade de fatores apontados
a própria qualificação
dos profissionais do jornalismo.
Enquanto
os questionamentos sobre as notícias
continuam sem um consenso talvez seja oportuno
citar o jornalista e crítico da imprensa
norte-americana James Fallows. Ele avalia
que os jornalistas raramente são
amados, mas lembra que o trabalho deles
é muitas vezes reconhecido através
daquilo que descobrem. Além disso,
segundo Fallows, os repórteres dão
aos leitores as ferramentas necessárias
para entender o mundo, que vai além
da experiência direta.
Notas
[1]
"Laptop wireless pode oferecer risco
especial a crianças, diz comitê".
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Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u22016.shtml>.
Acesso em: 28abr2007.
[2]
ZANDOMENICO, Regina. "A questão
da noticiabilidade na informação
política regional: um estudo de caso
sobre os critérios usados pelas emissoras
de TV aberta de Florianópolis na
seleção das notícias
relacionadas à Assembléia
Legislativa de Santa Catarina". Dissertação
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Florianópolis, 2004.
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*Regina
Zandomenico é pesquisadora.
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