Memória Visível

Por Elisa Elsie

A realidade vivida é permeada da nostalgia de dias que não existem mais. Personagens surgem em meio às distorções de guitarras e aos poucos o lugar é preenchido por fãs. Jovens e adultos lotam o prédio azul que há 22 anos é palco do Tributo a Raul, o mais antigo e um dos três maiores do país. O trabalho é uma proposta de documentar momentos surgidos a partir da imaginação de participantes e organizadores que tentam experienciar, recriar e reviver os instantes nos quais Raul Seixas esteve vivo. As fotografias trazem à memória uma realidade existente nos dias atuais, contudo imaginada e forjada para um presente específico. Um saudosismo que leva ao palco músicos caracterizados do ídolo e promove um deslocamento do público que sai de trem em Natal e percorre 35km em direção à Ceará-Mirim.