Sobre a Orquestra Errante:

A Orquestra Errante é um grupo experimental ligado ao Departamento de Música da ECA-USP e ao NuSom (Núcleo de Pesquisas em Sonologia da USP) e que se dedica à pesquisa sobre processos de criação que se utilizam da improvisação, e suas conexões com outras áreas do conhecimento (composição, educação musical, etnomusicologia, tecnologia, sonologia, filosofia etc.). A orquestra – que foi fundada em 2009 pelo professor, compositor, performer e pesquisador Rogério Costa – é composta por músicos oriundos dos mais diversos meios e com as mais variadas formações musicais. A prática experimental da OE é baseada na criação coletiva em tempo real e no pressuposto de que qualquer som pode ser usado em uma performance musical. A Orquestra Errante procura desenvolver suas atividades da forma mais interativa, democrática e não hierarquizada possível. Na OE, todos são performers-criadores e os principais pré-requisitos para a participação são o desejo, a escuta atenta e o respeito pela contribuição de cada um. A principal metodologia de trabalho do grupo é a conversa. A formação instrumental da orquestra inclui instrumentos convencionais e não convencionais, objetos, “efeitos”, extensões analógicas e digitais (microfones, amplificadores, pedais, computadores etc.). A Orquestra serve também como laboratório para as pesquisas acadêmicas dos seus integrantes (em nível de graduação, iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doc.

As principais referências sonoras e conceituais da Orquestra Errante estão em Pauline Oliveros, Cornelius Cardew, John Cage, Pierre Schaeffer, Giacinto Scelsi, Edgard Varèse, Karlheinz Stockhausen, Gyorgy Ligeti, Helmut Lachenmann, Hermeto Pascoal, Ornette Coleman, Cecil Taylor, John Coltrane, Derek Bailey, Evan Parker, Joëlle Léandre, Chefa Alonso entre outros.

A atual formação da orquestra conta com Migue Antar no contrabaixo; Fábio Martinele no trombone; Pedro Sollero e Natália Francischini nas guitarras; Denis Abranches na lutheria experimental; Marina Mapurunga no violino e viola; Inés Terra, Chico Lauridsen, Stênio Biazon e Yonara Dantas na voz; Fábio Manzione na percussão; Paola Picherzky e Guilherme Beraldo no violão; Ronalde Monezzi no saxofone e Rogério Costa no saxofone e na coordenação geral.