Religião e respeito andam lado a lado

Por

Outubro de 2011
Por Luiz Felipe Guimarães e Nicolas Gunkel

A religião tem forte presença na São Remo. Há igrejas e locais de culto espalhados por toda a comunidade, assim como são comuns nas casas quadros, salmos e outras figuras religiosas. Mas como a religião pode afetar o cotidiano?

As igrejas funcionam como “pontos de encontro” nos dias de culto, onde os moradores têm a oportunidade de ver e conversar mais tranquilamente com seus amigos. Além dos cultos, algumas igrejas promovem encontros semanais, como os grupos de jovens e crianças.

Tradicionalmente as igrejas são frequentadas por adultos e idosos. Porém, os jovens também têm sido atraídos, principalmente através da música. Um deles é Welton dos Santos, de 17 anos,que estuda música desde os quatro. Welton toca violão e bateria nos cultos há quatro meses e sonha se tornar um cantor gospel . “A música ajuda atrair as pessoas da minha idade para a igreja. Com ela as pessoas sentem mais
emoção para virem aqui”, diz ele.

A religião pode ser também uma forma de tentar resolver problemas como doenças, dificuldades financeiras e até dependência química. “Muitas pessoas vêm à nossa igreja procurar uma saída para a droga, o vício, a bebida… para tentar levar uma vida mais certa” diz Jonata Elias, há seis anos pastor da igreja evangélica Ministério do Betel.

Trabalho Voluntário
A organização dos cultos e missas é possível através do trabalho voluntário dos fiéis. É o caso de Roberto Alves que, apesar de seu trabalho, ainda encontra tempo e disposição para ser “obreiro” em sua igreja. Obreiro, como explica, é a pessoa encarregada de ajudar no culto, enfileirando cadeiras, recebendo fiéis e conduzindo-os a seus lugares. Mesmo com responsabilidades extras, Roberto diz aproveitar muito bem o culto.

Outra pessoa que tem que dividir seu tempo entre trabalho, casa e igreja é Maria dos Remédios. Ela é ministra do único templo catóico na comunidade, e trabalha como auxiliar administrativa no CEPE-USP. Sua função vai desde organizar os encontros semanais até celebrar as missas quando o padre responsável não está. “Temos autorização da Igreja para isso”, garante ela.

Com a presença de diferentes visões do Cristianismo, esperariam-se conflitos entre os fiéis, mas eles garantem que isso não ocorre. “A relação é muito saudável” afirma Jonata. Maria reforça: “Tratamos
uns aos outros super bem”.

Comentários encerrados. Comente reportagens recentes.