Moradores do Jardim São Remo afirmam estar presentes na vida estudantil de seus filhos

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Setembro de 2011
Por Gabriel Grilo e Talita Nascimento

A participação dos pais na educação dos filhos é essencial para um bom aprendizado. Nos primeiros anos como alunos, o interesse das crianças sofre grande influência do envolvimento da família com a escola. “Quanto mais os pais participam da educação dos filhos, mais eles gostam de estudar”, diz Edmilson da Silva Oliveira, pai de Giovana, 7 anos.

Questionados sobre o resultado da prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização), o qual mostrou que metade dos alunos que conclui o terceiro ano do ensino fundamental não aprende os conteúdos esperados, os moradores da São Remo se posicionaram. Para Carlos Alberto Caetano, “Educação vem de casa. A professora ensina, mas a mãe tem que ajudar”. Já para Ana Carla Oliveira Brito, o que mais influencia é o interesse dos alunos: “Quando a criança não se interessa é preciso orientar, conversar e verificar se ela não está sofrendo bullying, por exemplo.”

A maioria dos entrevistados acredita que a região possui escolas de qualidade, que fornecem uma estrutura adequada para as crianças. De acordo com Sérgio Cícero da Silva, “[a escola] tem um ótimo nível, está bem melhor do que no meu tempo. Hoje eles têm leite, merenda e assim se desenvolvem melhor”.

Além disso, os pais afirmam se interessar pelo desempenho escolar dos filhos. “As crianças precisam de todo acompanhamento possível, isso traz segurança para elas!” afirma José Bernardino Filho. Os moradores disseram participar dos estudos dos filhos indo às reuniões pedagógicas e levando as crianças para as aulas. Ana Carla ainda diz: “converso com as professoras pra saber se ele [o filho, João Victor, 4] foi bem.”

No entanto, ao conversarmos com Cleide Maria Pires, ela disse que conforme as crianças vão crescendo, os pais se tornam menos presentes na vida escolar e comparecem menos às reuniões. “O adolescente se sente solto, pode começar a andar com más companhias e faltar às aulas, por isso é preciso acompanhá-lo mais de perto”, disse a mãe de dois filhos: Clodoaldo, 23 e Caique, 17.

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