Riacho Doce exige direito a moradia

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Os moradores ainda vivem em abrigos e sofrem com a demora de soluções definitivas

Rodrigo Neves


A tragédia no Riacho Doce já ocorreu há mais de um mês. No total, 21 famílias ainda estão de­sabrigadas e cerca de 300 pesso­as se encontram em área de ris­co. Mesmo assim, a subprefeitura Butantã ainda não apresentou uma solução.

Nesta edição, o NSJR oferece voz aos moradores da comuni­dade para se expressarem sobre o dilema da moradia.

Segundo Maria Auxiliado­ra a comunidade deveria “insis­tir com as autoridades para dar moradia, mesmo que provisória, para os cidadãos afetados pela enchente de fevereiro”.

Já para Rafael Freire e Rodri­go Ferreira, a solução deveria ser permanente. Os dois morado­res do Riacho Doce dizem que a prefeitura deveria parar de fazer pouco caso e que a solução ide­al seria oferecer moradias pelo CDHU, a Companhia de Desen­volvimento Habitacional e Urba­no. Izaura Ventura, desabrigada após a enchente, concorda: “nin­guém aqui quer albergue, aqui ninguém é cachorro, aqui não tem mendigo”.

Vários moradores também con­cordam que as autoridades de­veriam prestar mais atenção nos problemas habitacionais. Segun­do Poliana dos Santos Silva, “a coordenadoria da USP empurrara [a solução do problema] para a prefeitura, a prefeitura empur­ra pra USP”, no fim a comunida­de continua “sem repostas”,diz.

Pamela Gonçalves, de 17 anos, é direta: “todos que moram aqui querem uma vida melhor”. “eles estão esperando o pior aconte­cer”, acrescenta Dona Izaura, que exigiu a presença de autoridades como o Prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP) na comunidade.

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