Convívio Social valoriza a formação de atletas

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Seja nos campos ou arquibancadas o esporte deve ser pautado em valores. Essa é a ideia que move programas como o realizado pelo Circo Escola. Amparado por um contexto de disciplina e regras, o projeto toma como meta de construir futuros cidadãos. Segundo seu responsável, professor Clóvis Ribeiro, a proposta enxerga o esporte como instrumento “lúdico, que não separa o mais do menos habilidoso”.

Ribeiro afirma que as práticas esportivas devem estar sempre alicerçadas no respeito. Com uma metodologia diferenciada, o professor acredita que “o esporte deve ser entendido de maneira não competitiva, de forma que seja visto como uma ferramenta ao convívio social”.

Entretanto, o cenário que se desenha nas arquibancadas do país é completamente oposto. Segundo um estudo da Pluri Consultoria, a violência nos estádios tem sido a principal responsável pela redução no número de freqüentadores. Apenas em 2013, 30 mortes ocorreram derivadas de incidentes dessa natureza. Um resultado recorde na história do futebol brasileiro.

Hoje, assistir uma partida de futebol em casa parece muito mais seguro do que apreciá-la nas arquibancadas de um estádio. Infelizmente, os tradicionais palcos da bola têm criado uma imagem de aversão e risco para a população.

A ausência de valores na concepção de diversas torcidas organizadas cria instabilidade constante. A tolerância é a principal necessidade que envolve tais grupos. Assim, como propõe o projeto Circo Escola, apenas com uma formação pautada em princípios, o esporte voltará a ser compreendido como um artifício de união.

Vinícius Bernardes

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