Cozinheiro rompe padrões na São Remo

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Conheça a vida de Júnior, um baiano que superou o preconceito e agora se destaca com seu restaurante

JR – Refeições. Este é o nome do restaurante de José Souza Barbosa Júnior, ou só Júnior, como é conhecido na São Remo. Junto com a esposa e o cunhado, ele toca o negócio há dois meses, aproximadamente. Diferente do que se esperaria, não é uma mulher que prepara as refeições: é o próprio Júnior quem pilota o fogão.

José conta que trabalha há 10 anos na área e não se imagina fazendo outra coisa. Antes de abrir seu próprio negócio, trabalhou como cozinheiro na Av. Corifeu, próximo à comunidade. Hoje, seu restaurante fica na Rua Catumbi.

Dono de um jeito tímido e acanhado, o baiano, que mora há sete anos na SR, conta que tem trabalhado bastante. “Acordo às 6 da manhã e fico aqui [no restaurante] até 22 ou 23h. É puxado, mas tem que trabalhar”. Além de cozinhar, o rapaz também é responsável pela compra dos alimentos: “Vou e compro pessoalmente. Só a bebida que já tem distribuidor”.

Enquanto sua mulher varre a calçada da fachada, ele conta seus planos de expandir o restaurante e contratar funcionários. Apesar disso, nem ele e nem a família sentem vontade de sair da São Remo.

Assim como tantos outros moradores e serviços da comunidade, o restaurante de Júnior também sofre com a greve da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, o movimento reduziu nas últimas semanas porque muitos funcionários da USP realizavam suas refeições por lá ou pediam para entregar dentro do campus.

Juliana Brocanelli

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