A situação irregular dos terceirizados da USP

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Na Cidade Universitária, milhares de terceirizados atuam em serviços indispensáveis para o funcionamento da universidade. Porém, apesar da colaboração essencial destes trabalhadores, eles ainda sofrem com condições de trabalho indesejáveis, que incluem casos de humilhação.

Magno, diretor do Sintusp, afirma que o único objetivo da terceirização é a diminuição dos gastos, sendo que terceirizados ganham até três vezes menos que os contratados pela USP. ”Isso é constrangedor para nós, já que eles ficam como trabalhadores de segunda classe, uma coisa inadmissível pra nós”, diz Magno. Os problemas vão além da baixa remuneração. Benefícios essenciais, como vale- transporte e alimentação, não tem sido entregues pelas empresas, o que implica gastos ainda mais pesados ao já pequeno orçamento familiar.

Episódios de assédio moral com estes trabalhadores são comuns. Em 2013, os terceirizados chegaram a ser proibidos de se alimentarem próximos de alunos e  professores, os forçando a comer no banheiro. A violência verbal por parte do funcionários da USP é frequente. Estes abusos cometidos têm comprometido o serviço deles. De acordo com Magno, ”A terceirização é péssima para a universidade. Não somos contra os terceirizados, defendemos que os que já trabalham aqui sejam contratados pela USP”.

Vítor Andrade

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