Na última edição do NJSR, a reportagem anunciou o retorno da Operação Rato Fora, programa de combate à leptospirose que abrangia a região da São Remo e havia parado de atingir o local no fim de 2013. Nessa época o projeto atingiu as seguintes áreas: R. Pires Brandão, Av. São Remo e Av. Corifeu de Azevedo Marques. A ação voltou à comunidade em abril durante os dias 9, 19 e 23, pretende estender-se até as imediações da R. Cipotânea e já há novas ações previstas para o segundo semestre desse ano segundo a Coordenação de Vigilância em Saúde.

A atuação dos agentes de zoonoses é dada através de orientações sobre o combate aos roedores e adição de produtos químicos combativos nas casas dos são remanos que permitirem.

A reportagem conversou com a moradora Andréa Aparecida dos Santos, que relatou a passagem dos agentes da zoonoses pela sua casa, onde aplicaram veneno e orientaram a população. Porém, segundo a SUVIS (Supervisão de Vigilância em Saúde) Butantã e a própria são remana, alguns moradores não têm aberto a porta de suas casas aos agentes, o que impede o andamento do projeto e ameaça a comunidade de sair da lista de locais contemplados por essa operação novamente.

Para que o programa seja dê certo, é indispensável o apoio de toda a comunidade: “A Saúde Pública é mais do que jogar veneno e tratar doentes. Precisa ter o envolvimento deste público, desta comunidade. O poder público não dá conta sozinho” relata Sara Ciaccio, supervisora da SUVIS e responsável pelo controle das zoonoses na região.

Os moradores podem auxiliar o governo na prevenção de roedores impedindo que eles tenham acesso a alimento, água e abrigo. Isso significa não deixar restos alimentares abertos, água escorrendo em torneiras e canos ou aberta em grandes reservatórios, e evitar locais com lixo, entulho e sujeira.

Beatriz Quesada