O governo fecha os olhos e a comunidade paga o pato. Apesar da existência de projetos sociais, a São Remo sofre com uma falta gritante de opções de lazer. Resultado: quando questionados acerca das opções de entretenimento na comunidade, os moradores da São Remo tem dificuldade em citar opções. Muitos deles dizem precisar sair da região para buscar formas de se divertir.

O futebol acaba sendo a principal alternativa para os são remanos de todas as idades. Qualquer bola de meia é suficiente para os filhos do país do futebol.

A diretora do Circo Escola, Lúcia Medeiros, considera a entidade uma das principais opções para os menores de idade. Com atividades variadas, como aulas de circo, dança e teatro, a instituição oferece entretenimento diário para crianças de 6 a 17 anos. A partir dos 18 anos, as atividades passam a ser somente de terça e quinta feira. São oferecidos cursos de informática, dança e confeitaria para os adultos.

Além do Circo Escola, os moradores contam com atividades do projeto Girassol. A partir de junho, contarão também com atividades da ONG Alavanca, que fará uma “pesquisa de opinião” com os próprios moradores sobre atividades que lhes interessam (Ver matéria nesta edição).

Apesar de disponibilizar verbas para alguns dos projetos sociais, o governo não cumpre com seu papel de garantir direitos básicos a todo e qualquer cidadão, entre eles o direito ao lazer. Givanildo Oliveira dos Santos, diretor da Associação de Moradores, afirma que há uma relativa desunião entre os moradores nesse sentido. São remano há 28 anos, Givanildo cita a reforma do campo de futebol com dinheiro arrecado na própria comunidade como um exemplo de que a união pode e deve ser o meio para a conquista não só de mais opções de lazer e entretenimento, mas como de outros requisitos básicos de moradia, como saneamento básico, coleta de lixo, segurança, entre outros.

Vale a reflexão sobre daquele velho clichê: “a união faz a força”.

Leonardo Milano