SR tem pouca opção de ensino musical

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Jovens são remanos interessados por instrumentos só têm como opção aula de percussão

Desde o fim do chamado “Projeto Guri” na São Remo, a comunidade não possui uma grande variedade de aulas de instrumentos para os jovens interessados. O projeto, criado pelo governo de São Paulo em 1995 e ainda em funcionamento em outros locais, tem como objetivo o ensino de instrumentos de vários tipos.
Quase todas as aulas antes oferecidas pelo projeto não existem mais na comunidade. Dessa forma, crianças e adolescentes que se interessam por música são obrigados a procurar aulas fora da São Remo, que geralmente tem custo elevado, ou a deixar de tocar seus instrumentos por falta de incentivo. “Todos os meninos do clarinete, do violino, do violão pararam depois do fim do Guri. Só um que continuou tocando saxofone como freelancer”, afirma Thiago, 29 anos, que tocava Trompete quando o projeto ainda funcionava no Circo Escola.
As únicas alternativas que restaram aos moradores foram as aulas de percussão do Circo Escola e as de capoeira, nas quais há lições de berimbau. O centro de ensino oferece algumas matérias opcionais, como as de instrumentos percussionistas, capoeira, teatro, esporte e informática. Os alunos de 7 a 17 anos devem escolher duas delas para cursar, sendo as últimas as que têm mais procura.
Nas aulas de percussão, os jovens aprendem a manusear instrumentos como atabaques, tambores e pandeiros. No final de cada ano, os alunos desta disciplina participam do espetáculo “Contextualizando”, no qual são responsáveis pelo acompanhamento musical de todas as apresentações de teatro.

Pâmela Carvalho e Sérgio Rodas Oliveira

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