Falta espaço para as crianças brincarem

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Pais acham muito perigoso deixar seus filhos na rua, mas existem poucas opções seguras

Mais de 20% da população da cidade de São Paulo tem até 14 anos de idade. E na São Remo não poderia ser diferente. A comunidade possui uma grande quantidade de crianças, e há poucos lugares onde elas podem brincar em segurança.
“Não tem lugar para as crianças brincarem, é muito ruim”, afirmou Amanda dos Santos, que não foi a única a fazer esta queixa. Jamira Souza Maciel acrescenta que a preocupação é “principalmente com os menores, porque as maiores já conseguem ‘se virar’ melhor”.
A quadra que fica na rua do campo está para reformar, não se vê crianças brincando por lá. O próprio estádio serve para o lazer dos jovens, mas as mães não acham que ele é um espaço adequado para deixar seus filhos.
Uma das alternativas é o Circo-Escola, que atende por volta de 700 pessoas por mês e tem cursos para crianças de idades diversas. Mas, por não ser aberto o tempo todo, ele ajuda, mas não resolve o problema, segundo as próprias moradoras. Outro local é o Projeto Girassol, que atende principalmente as crianças pequenas.
Algumas mães da comunidade têm que levar seus filhos em locais próximos, porém fora da São Remo, como o Parque Villa-Lobos e o CEU Butantã, mas é difícil levar as crianças com frequência.
A moradora Ivanilda deixa sua filha pequena na escola Monte Castelo, próxima ao metrô Butantã. “Não faz diferença, ela brinca por lá mesmo e só fim de semana passa mais tempo aqui em casa”, afirma. O colégio só tem aulas em período integral, desse modo, as crianças brincam na escola e ficam menos tempo nas ruas.

Faltam áreas de lazer adequadas

Faltam áreas de lazer adequadas

Murilo Carnelosso

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