São Remo sofre com esgoto a céu aberto

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Associação de Moradores alega má vontade da Sabesp na resolução desse transtorno

A falta de canalização adequada é uma das queixas dos são remanos

A falta de canalização adequada é uma das queixas dos são remanos

A falta de saneamento básico é um dos principais problemas do Jardim São Remo. Os moradores sofrem com o esgoto a céu aberto. A comunidade reclama que a falta de uma canalização adequada nas vielas e ruas causam transtornos à população, como o mau cheiro e a água parada – que possibilitam a reprodução do mosquito da dengue, durante o verão – e a exposição de detritos humanos em períodos de chuva.
Segundo o presidente da Associação de Moradores do Jardim São Remo, Givanildo Oliveira dos Santos, a questão dos esgotos expostos é freqüente e não é difícil achar um ao percorrer as ruas do local. “Não tem uma rua ou viela em que não se encontre esgoto a céu aberto. O descaso é tão grande, que o Riacho Doce parece uma grande fossa”. O presidente afirma que tanto a Sabesp quanto a subprefeitura do Butantã já foram informados do caso, mas não tomaram medidas para solucionar o incômodo. “Há má vontade política para resolver esse transtorno. Um joga o problema para o outro e a população é que tem de conviver com o mal-cheiro e o descaso de ambos”. Ele ainda alega que alguns moradores pagam as tarifas de água e esgoto e mesmo assim a situação persiste.
A Associação de Moradores enviou um comunicado para o subprefeito, Luís Felippe de Moraes Neto, questionando o entupimento das galerias, a falta de coleta adequada de lixo e os entulhos jogados na entrada da São Remo. Por sua vez, a subprefeitura declara que a questão dos esgotos é responsabilidade da Sabesp e que vários ofícios foram enviados à companhia. Afirma também que o seu papel, neste caso, é o de avaliar e fiscalizar a situação, alertando a Sabesp para que medidas cabíveis sejam tomadas.
Já a Sabesp argumenta que os imóveis que pagam taxas de água e esgoto não costumam enfrentar problemas de canalização. Além disso, enfatiza que em alguns casos, os são remanos que não pagam a taxa em questão, acabam recebendo pelos serviços da companhia de saneamento básico.

Vinícius Crevilari

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