Desafios dentro e fora dos gramados

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Copa das Confederações tem início e Brasil tentar superar adversários e limitações

A partir de hoje craques de seleções de todos os continentes entrarão nos gramados brasileiros para disputar a Copa das Confederações, evento teste oficial para a Copa do Mundo de 2014. A competição realizada há 21 anos, terá sua primeira edição em território nacional e servirá para responder muitas dúvidas que os brasileiros ainda têm a respeito da estrutura e da organização do país para sediar um evento dessa dimensão e também quanto a sua própria seleção.
Em campo, algumas camisas de tradição e outras completamente desconhecidas. O Taiti, campeão da Oceania, é o caçula dentre as oito seleções e conta com um time absolutamente amador, apenas um dos jogadores é profissional. Pedreiros, entregadores, carregadores de malas e, ao mesmo tempo, representantes de seu país enfrentarão em pleno Maracanã a poderosa Espanha, atual campeã do mundo e da europa, que conta com jogadores dentre os melhores do mundo como Xavi e Iniesta. Ainda no grupo B, México, campeão da América do Norte, e Nigéria, campeã da África, buscam uma vaga nas semifinais da competição.
No grupo A, o Brasil, pentacampeão mundial, apesar de ser o atual e maior vencedor do torneio, com três títulos, não terá vida fácil. A estreia contra o Japão, hoje, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, pode ser determinante para as pretensões do país sede na competição devido ao grupo complicado que ainda conta com a Itália, tetracampeã mundial, e o Uruguai, bicampeão do mundo.

Mais do que convencer a torcida em campo, o Brasil também terá que mostrar capacidade fora dele. Além de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Recife e Rio de Janeiro receberão partidas da Copa das Confederações e serão testados em diversos quesitos como organização, transporte, segurança e hospedagem.

Apesar do risco, os torcedores brasileiros demonstram-se otimistas depois da vitóra da seleção sobre a França no último domingo. Entrevistados, os são remanos reconheceram a força da Espanha e das demais seleções, mas apostaram que o Brasil será campeão: “estamos jogando em casa, acho que vamos ganhar.” disse Thiago Silva, que apostou no zagueiro brasileiro de mesmo nome como craque da competição.
O fator “casa”, aliás, é motivo de divergência nas opiniões. Enquanto uns acreditam que a torcida empurrará o Brasil rumo ao título, outros desconfiam da paciência dos torcedores: “num jogo mais complicado, se o pessoal começar a vaiar, pode ser que os jogadores sintam a pressão.” afirmou Gilsandro Moreira, conhecido na comunidade como “Ju”, que torce para uma final entre Brasil e Espanha e aposta em Neymar como destaque da competição.
O campeão será conhecido no dia 30 de junho em final que será realizada no Rio de Janeiro, mas até a bola parar de rolar o torcedor brasileiro terá a oportunidade de sentir um pouco do clima da Copa do Mundo que se aproxima e viver a experiência, para muitos, inédita de ver as cores da seleção tão de perto.

Por Arthur Silva e Breno França

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