Perfis distintos marcam final da Liga dos Campeões

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Organização administrativa do Borussia Dortmund desafia o poder financeiro do Bayern

A final da Liga dos Campeões, neste sábado, 25, no estádio Wembley, colocará frente a frente duas equipes alemãs: o Bayern de Munique e o Borussia Dortmund. Apesar de serem do mesmo país, os times chegaram à disputa do principal título europeu de formas diferentes: enquanto o clube de Munique é o mais rico do país e disputa a terceira final da Liga dos Campeões em quatro anos, a décima no total, o Borussia volta à final após 15 anos, depois de se aproximar da falência em 2004, quando foi salvo pela implantação de uma gestão cujo objetivo é gastar menos do que fatura.

Tal diferença espelha-se dentro de campo: o Dortmund gastou 56,2 milhões de euros para montar seu elenco, apostando na observação de jogadores como o polonês Robert Lewandowski, autor de 10 gols na Liga dos Campeões e que custou 4 milhões de euros (Wesley, do Palmeiras, por exemplo, custou 50% a mais). O Bayern, por sua vez, gastou 227,8 milhões de euros, focando na contratação de astros como o holandês Arjen Robben. Para a próxima temporada, tem acertada a contratação da grande estrela do rival de sábado, a promessa alemã Mario Götze, que não enfrentará seu futuro clube na decisão devido a uma lesão sofrida na semifinal.

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Robben: um dos astros da final

Fora das quatro linhas, o jogo marca também a aposentadoria do técnico do Bayern, Jupp Heynckes, que dará lugar ao badalado Pep Guardiola, ex-técnico do Barcelona e responsável pela formação do time composto por Messi, Xavi e Iniesta. O retrospecto de Heynckes, porém, não deixa a desejar: nas três vezes que disputou a competição, chegou à final em todas, sendo campeão em uma.

Apesar do aparente favoritismo da equipe de Munique, os resultados mostram equilíbrio: o Bayern é o atual campeão alemão, enquanto o Borussia Dortmund foi vitorioso nos dois anos anteriores. Sucesso elogiado pelo presidente da UEFA, Michel Platini, em entrevista recente: “São os modelos. Não estão no vermelho, têm bons estádios e estão vencendo. É uma ótima imagem”, resumiu.

Por Dimitrius Pulvirenti
Foto: flickr.com/rayand

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