Programa de metas

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Subprefeitura exibe novos planos de ação

A subprefeitura do Butantã realizou, no dia 20/04, uma audiência pública com o objetivo de apresentar o novo Programa de Metas da região e ouvir sugestões da população. O evento foi sediado na Casa de Cultura e contou com a participação de moradores e representantes de políticos, além de organizações com atuação na área. O plano diretor, a ser cumprido até 2016, foi distribuído no local para os presentes, mas também pode ser acessado através do site da Prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br).

Entre os mais de cinquenta pronunciamentos, o mais pontual em relação ao Jardim São Remo foi o de Daniela Mattern, fundadora da ONG Alavanca, que levantou a questão do pouco número de creches na região, cujos projetos de criação existem há mais de dez anos. Ela criticou que a assistência às crianças é, grande parte das vezes, feita por organizações da própria comunidade, que encontram dificuldades legais de operar em solo remano. Comentou também sobre os Ecopontos, um deles a ser implantado dentro da São Remo, além de reivindicar mais ciclovias e a facilitação de conexão entre elas.

O tema que contou com mais demandas foi a criação de espaços verdes e áreas de lazer, principalmente para as crianças. A questão da redução da maioridade penal, atualmente bastante quastionada, foi contrariada por parte de uma habitante do Morro da Querosene. “Meu apelo é quanto à educação e, sobretudo, saúde, porque suponho que grande parte dos menores infratores são dependentes químicos”. Outras pautas bastante significativas foram abordadas, tais como saúde, transporte urbano, políticas voltadas para idosos, educação integral e o convênio firmado com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

O Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo gira em torno de três eixos principais: compromisso com os direitos sociais e civis, desenvolvimento econômico sustentável com redução das desigualdades e, por fim, gestão descentralizada, participativa e transparente. Tais eixos, por sua vez, desdobram-se em cinco articulações territoriais, isto é, planos que priorizam a relação do cidadão com a cidade em que vive: resgate da cidadania nos territórios mais vulneráveis, estruturação do Arco do Futuro (projeto para facilitar a mobilidade), fortalecimento das centralidades locais, requalificação da área central e reordenação da fronteira ambiental.

Das cem metas propostas, dezessete são contempladas pelo tema “resgate da cidadania em territórios mais vulneráveis”, o de maior importância para a comunidade sãorremana, merecendo então sua devida atenção por parte dos moradores. Incluindo projetos como expansão da oferta de vagas no ensino infantil, ampliação da rede CEU, implantação de novas modalidades do Bilhete Único e inserção de famílias no Cadastro Único.

Por Rafael Bahia Felizatte

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