Questão de respeito

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O Artigo décimo segundo da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, de 1948, afirma: “Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques”. Ainda de acordo com ela, “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”.
É a partir desses textos que se afirma que ninguém, em hipótese alguma, tem permissão para discriminar outra pessoa. O caso dos homossexuais não é exceção. Não importa a religião à qual se pertença: enquanto seres humanos, precisamos aprender a aceitar as particularidades dos outros para conviver em sociedade. Todos gostam de ser respeitados, e a lei serve para defender a todos, não só ao grupo predominante.
Desde a Proclamação da República, em 1889, o Brasil é um país laico. Essa separação entre fé e política é muito importante para preservar os que têm crenças diferentes. Utilizar Deus como motivo para negar concessões às minorias não é válido.
O direito ao casamento civil homoafetivo no Brasil, oficializado no início desse ano, deve ser comemorado por todos, mas ainda existe muito a se conquistar. E, para que isso aconteça, é preciso que todos apoiem. Somos todos iguais, precisamos ter os mesmos direitos.

Por Otávio Nadaleto

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