Novo protocolo otimiza atendimento no HU

O Hospital Universitário irá implantar um Protocolo de Classificação de Risco. A informação foi dada pelo assessor da superintendência, Gustavo Albuquerque. Segundo ele, o processo está em fase de treinamento da equipe.

Esse protocolo permitirá classificar o paciente conforme o grau de gravidade, evitando que casos graves fiquem em espera de atendimento por um período que coloque em risco sua vida. A classificação será feita por médico ou por enfermeiro especificamente treinados para a função e a avaliação se dará por sinais vitais como temperatura e pressão, entre outros, sendo que a idade também será considerada, porque implica na possibilidade de mais ou menos agravos.

O paciente poderá receber as classificações: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. Terão a classificação vermelho as pessoas com risco iminente de morte, cujo atendimento será imediato e são aquelas trazidas pelo resgate. Os que receberam a classificação laranja serão atendidos o mais rapidamente possível. Ainda, segundo Gustavo, os classificados com amarelo, verde ou azul podem ser confundidos em uma primeira impressão e é na diferenciação destes, que a avaliação dos sinais, como os vitais se torna mais efetiva, pois não é pessoal, permitindo a identificação e o atendimento rápido dos classificados com amarelo.

O uso de um protocolo de classificação também é necessário, pois o público que procura o HU é maior do que a capacidade do hospital e há a preocupação que os casos de emergência e urgência sejam imediatamente identificados, pois um erro pode significar uma vida. Há falta de leitos na região do Butantã, local no qual se localiza o HU, implicando na maior concentração de pessoas no Pronto Atendimento.

O paciente que recebe a classificação azul é atendido, porém muitos deles deveriam procurar a atenção primária, que são os postos de saúde, para que as razões que causam o agravo em questão sejam investigadas. Gustavo também ressaltou que o HU é responsável pela atenção secundária, mas todos que vierem aqui serão atendidos.

Fazendo a carteirinha de atendimento

Para testar o atendimento do HU, cheguei duas horas antes da entrevista marcada e fui tentar fazer minha carteirinha para ser atendida, como aluna. Expliquei ao porteiro que iria fazer minha carteirinha, fui encaminhada a um atendente e recebi a ficha número 84, quando entrei, ocupei uma das muitas cadeiras da sala de espera e fiquei preocupada, pois o painel chamava o número 39. Preocupação inútil, pois, em pouco menos de 40 minutos já estava eu fazendo minha carteirinha. Em todo momento fui muito bem atendida e cordialmente. Entretanto, não avaliei como seria, caso me sentisse mal, pois em nenhum momento fui olhada por um profissional de saúde.

Durante a espera, um painel me chamou a atenção: “SAHU – Serviço de Acolhimento e Humanização”. Segundo Gustavo, o SAHU é um programa de treinamento a todos os funcionários para que os pacientes sejam atendidos com gentileza e educação, para diminuir o estres de uma Unidade de Pronto Atendimento. Pesquisamos e verificamos que o SAHU atende às diretrizes do Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS – Humaniza SUS – da “Política Nacional de Humanização” do ministério da saúde para os níveis de atendimentos primário, secundário e terciário do SUS. Saiba mais no link.

Gustavo relatou que a demanda é maior que o público que procura o hospital, e que a capacidade operacional de recursos humanos é um dos “gargalos” no atendimento hoje. Há busca por excelência, melhoria nos atendimentos, mas também há aumento do público que procura o HU. E o objetivo é que haja segurança no atendimento, para garantir o paciente.

Por Maria Rita Hurpia

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