Perigo para os corações dos atletas

Doenças cardiológicas recentemente afetaram atletas e preocupam esportistas.

Morreu, aos 37 anos, no dia 24/3, Vigor Bovolenta,ex-jogador da seleção italiana de vôlei, vítima de uma parada cardíaca enquanto jogava pela sua equipe, o Forli-ITA. Uma semana antes, no dia 17/3, o jogador de futebol Fabrice Muamba, do Bolton-ING, de 23 anos, sofreu do mesmo problema. Esses casos levantaram uma grande discussão e preocupam todos os envolvidos nos esportes.

Possíveis causas

“Os principais causadores de paradas cardíacas são: o entupimento dos vasos sanguíneos ligados ao coração e as doenças genéticas (estas, principalmente, em jovens), com destaque para a cardiomiopatia hipertrófica (CH)”, disse o cardiologista José Maria Aleixo Sallovitz, o Juza, cardiologista, ex-médico do InCor e que trabalha na clínica de medicina esportiva Vita, em entrevista ao NJSR.

Segundo o fisiologista Ricardo Guerra, formado pela Universidade de Liverpool e que publica matérias no blog do Estadão, “a CH é uma doença genética que provoca hipertrofia em partes do miocárdio (músculo do coração), o que dificulta a saída do sangue e força, consequentemente, o coração a trabalhar mais para bombeá-lo”.

Ainda segundo o médico Juza “a CH não é uma doença tão incomum e, mais grave, não costuma apresentar sintomas. Sua primeira manifestação, geralmente, é a morte súbita”. Por isso, preocupa todos os atletas e seus clubes

Prevenção

A melhor forma de prevenir essas ocorrências é fazer exames médicos periodicamente, como o eletrocardiograma (ECG). Contudo, segundo Guerra, “10% dos pacientes que sofrem de CH podem ter um ECG normal ou quase normal”, além de existirem “outros raríssimos problemas genéticos de difícil diagnóstico”.

Juza ainda afirma que “devido à falta de preparo físico e nutricional, o risco é ainda maior para atletas eventuais, principalmente àqueles com idade superior aos 40 anos”. Portanto, a prática de exercícios físicos regularmente e uma alimentação saudável também ajudam a prevenir doenças no coração.

Por Arthur Deantoni

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