Cooperifa celebra dez anos com Mostra

Por

Evento alia entretenimento à educação e reúne muitas pessoas para a periferia da zona sul da cidade

Novembro de 2011

Por João Vitor Vasconcelos

Em comemoração aos dez anos de atividades culturais em periferias de São Paulo, a Cooperifa, projeto idealizado pelo poeta Sérgio Vaz com o objetivo de desenvolver eventos culturais com artistas da periferia, promoveu entre 14 e 23 de outubro sua 4ª Mostra Cultural em bairros da Zona Sul da cidade. 

Foram dez dias de apresentações que aconteceram em diferentes escolas e espaços de cultura de comunidades da região. Viu-se desde debates sobre militância cultural a peças de teatros e shows musicais. O ponto alto da Mostra foi na noite do dia 19 de outubro, com o décimo aniversário do Sarau da Cooperifa, que contou com cerca de 80 poetas e atraiu mais de 400 pessoas.

O sarau acontece todas as quartas-feiras no Bar do Zé Batidão no Jardim São Luís. É a atividade mais conhecida da Cooperifa e foi o que propiciou o crescimento do projeto. A poetisa Vilma “Negra Drama” Teresa vê neles uma ação educativa e cultural. “Serve também para evitar que os jovens sigam um caminho errado”, completa.

A contribuição social foi um dos valores que guiaram a Mostra e que é base de todos os eventos da Cooperifa. As atividades visam não só o entretenimento, mas também a educação, aproximando os moradores das comunidades, da criação artística e de questões importantes da sociedade. Segundo a poetisa e educadora Lu Sousa, que faz parte do projeto e foi uma das organizadoras da Mostra, “esses encontros fomentam ideias. A gente discute política e várias outras coisas. É uma efervescência mesmo, então é como um quilombo onde nós trocamos pensamentos”.

Este sentido é destacado também por Úrsula Paiva, coordenadora pedagógica da EMEF CEU Cantos do Amanhecer onde aconteceram duas apresentações musicais da Mostra. Diante de um auditório lotado por alunos e moradores da região, a educadora diz que essa “é uma forma alternativa de cultura e lazer, além de ser uma maneira da comunidade se expres­sar”. A estudante do oitavo ano do ensino fundamental Lúcia Aparecida concorda: “É bom porque relaxa, todo mundo fica mais descontraído. É muito educativo também”.

 

 

Comentários encerrados. Comente reportagens recentes.