Grafite ganha um museu a céu aberto

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Também no Jardim São Remo esse tipo de arte ganha espaço e aprovação dos moradores

Novembro de 2011

Por Gabriel Grilo

Foi inaugurado o 1º Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU) no dia 9 de outubro.O  projeto reúne 66 murais pintados por grafiteiros do Coletivo PHA em conjunto com jovens da região. A ideia surgiu após a detenção de alguns membros do Coletivo que estavam pintando no local sem autorização. A partir daí, houve o contato com a Secretaria de Cultura para a elaboração de um projeto de grafitagem, culminando na realização do Museu.  Localizadas entre as estações Santana, Carandiru e Portuguesa-Tietê do Metrô, as pilastras, antes vítimas de pichações e da falta de conservação, agora apresentam obras de arte, embelezando a região e tornando o ambiente mais agradável para moradores e turistas.

Fato semelhante ocorre no Jardim São Remo, onde os grafites enfeitam muros e portões. A são remana Amara Silvestre, aprova a iniciativa, “ as pinturas são muito bonitas e é muito melhor isso do que aquele monte de pichação e palavrão, seria bom se tivesse mais disso da comunidade, “. A moradora Fátima Santos concorda, “também é uma boa alternativa para ocupar o tempo das crianças, para não ficarem nas ruas”.

Um dos nomes mais conhecidos do grafite são remano é o de Jefferson, mais conhecido como JF, grafiteiro há mais de 15 anos. Para ele, essa é uma ótima forma de passar mensagens, inclusive protestos políticos, pois as imagens ficam nas ruas, visíveis a todos.Ainda ressaltou o sucesso com os moradores, principalmente os mais jovens: “ é gratificante ver que o pessoal gosta, e as crianças aparecem querendo ajudar, é importante ocupar a mente deles com algo criativo”.

JF também opinou sobre o MAAU, destacando a importância dessa iniciativa para a região, “ além de manter o ambiente limpo, é uma obra de arte e evita pichações ”. Apesar disso, o artista são remano destaca a falta de apoio à atividade, o que dificulta seu trabalho, “seria bom se tivesse algum apoio para comprar tintas e materiais, seria possível espalhar mais essa arte”.

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