Conexões Dispersas - Dispersões Conexas

É uma performance/espetáculo de realidade mista que explora a criação em tempo real de material audiovisual a partir da interação física. Uma performer sentada perante uma pequena mesa localizada no centro do palco realiza uma série de ações com objetos e imagens. Na mesa existem sensores que capturam seus movimentos e geram material sonoro e visual. Os sons e as imagens são processados e transformados em tempo real por outros dois artistas, gerando diferentes situações de dialogo entre os três integrantes. A obra já foi apresentada em lugares abertos, auditórios e espaços não convencionais, tem uma duração aproximada de 30 minutos e cada performance é construída a partir das condições específicas do local de apresentação.

Roteiro. A performance se desenvolve em três partes:

  • Introdução. A performer manipula uma imagem de suas próprias mãos, ação que é registrada por uma webcam. A imagem resultante é sutilmente projetada atrás da performer. A partir deste momento se inicia um diálogo entre a imagem projetada, os sons e a performance. Parte 1. As ações da protagonista com objetos geométricos criam rastros na projeção. A imagem é construída com o acúmulo de momentos recentes e a multiplicação de vestígios de movimentos. Parte 2. Em seguida, a manipulação de uma folha de papel em branco desvela imagens cinematográficas. O jogo de contrastes permite a construção de cenas ilusórias. Parte 3. Por fim, o espetáculo se baseia fortemente na gestualidade da performer, que utiliza suas próprias mãos, um lápis e um papel para realizar uma improvisação musical.

O material sonoro, constituído por sons gerados pela performer e por amostras de sons pré-gravados, é transformado e processado digitalmente em tempo real para criar paisagens e texturas sonoras.

 

Este trabalho é fruto das atividades de pesquisa sobre processos de interação musical no Laboratório de Acústica Musical e Informática (LAMI) com o grupo MOBILE/FAPESP da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). No espetáculo entram em cena procedimentos técnicos de blob tracking e processamentos de áudio em tempo real, resultantes das pesquisas individuais dos integrantes. Para isto foi criado um ambiente de rede composto por uma interface de controle comandada pela performer e dois computadores que rodam programas criados exclusivamente para as necessidades do projeto, dentro dos ambientes de programação Max/Msp/Jitter, PureData e EyesWeb.

 

Integrantes:

Formado em 2010 por Lílian Campesato, Julián Jaramillo e Vitor Kisil (artistas e pesquisadores do projeto temático MOBILE - USP/FAPESP), o grupo já se apresentou em importantes eventos de arte digital, como o EIMAS - Encontro Internacional de Arte Sonora (Juiz de Fora, MG), Soft Borders (São Paulo, SP), “Comprimido” - MIS (São Paulo, SP), Intermedios (Bogotá, Colômbia) e Festival Internacional de la Imagen (Manizales, Colômbia). Os integrantes utilizam suas pesquisas acadêmicas individuais para desenvolver, através de sistemas digitais interativos, performances experimentais coletivas marcadas pela interdisciplinaridade e pela busca de formas alternativas de expressão artística

 

 

Apresentações e links para fotos e vídeos:

- EIMAS - Encontro Internacional de Música e Arte Sonora (Setembro-2010), Juiz de Fora – Brasil

- Por trás das Coisas - Softborders (Outubro-2010), São Paulo

- Museu de Imagem e Som (Dezembro-2010), São Paulo – Brasil

- Festival Intermedios (Abril-2011), Bogotá- Colômbia

- Festival Internacional de la Imagen (Abril-2011), Manizales- Colômbia.

- Streaming: Conexões Bogotá  - São Paulo (Abril-2011)