Coral da Terceira Idade cantará no dia do calouro da UATI em homenagem à professora Eclea Bosi

O Coral da Terceira Idade da USP, integrante do Comunicantus: Laboratório Coral, participará do dia do calouro da Universidade Aberta à Terceira Idade, no próximo dia 15 de agosto (3a feira).  O Coral cantará no encerramento das atividades do dia, por volta do meio-dia. A programação tem início às 9 horas da manhã e também contará com a presença do professor Marco Antonio da Silva Ramos, coordenador do Comunicantus, em uma das mesas-redondas. 


O Coral da Terceira Idade da USP está completando 20 anos em 2017 e o projeto abre vagas para novos coralistas todo início de semestre, com os horários divulgados no caderno da UATI. 
As atividades são realizadas por um grupo de alunos de graduação e pós-graduação que buscam se especializar na atividade coral. São os próprios alunos que regem, fazem a preparação vocal, os ensaios de naipe, a escolha do repertório e as decisões pedagógicas, sempre com a supervisão dos professores coordenadores, Marco Antonio da Silva Ramos e Susana Cecilia Igayara-Souza, numa perspectiva de trabalho cooperativo e colaborativo. Este ano, a equipe de professores do Coral da Terceira Idade conta também com a presença da professora Jane Borges, da UFSCar, que realiza seu pós-doutorado na USP. 

Veja abaixo os detalhes da apresentação: 
Dia 15/08/17, 12h00
Auditório da Faculdade de Economia e
Administração da USP – FEA 5

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 –
Butantã – São Paulo – SP

Programa 

Sombrillita de Hinojo
            Poesia
e Música: Edith Vera
            Arranjo
Coral: Miriam Ferreyra
            Regência:
Anne Karoline Moreira
Azulão
            Letra:
Manoel Bandeira
            Música:
Jaime Ovalle
            Arranjo
Coral: Jorge Kaskás
            Regência:
Anne Karoline Moreira
Um Poema de Amor
            Letra
e Música: Wilson Fonseca
            Regência:
Jacqueline Domingos
Baião de Ninar
            Letra
e Música: Edino Krieger
            Regência:
Marco Antonio da Silva Ramos
Pianista: Jane Borges
Monitores:
Anne Karoline Moreira
César Augusto Madeira
Diogo Santana
Guilherme Moreno
Gustavo Sousa
Jacqueline Domingos
Comunicantus Laboratório Coral
Coordenadores
Prof. Dr. Marco Antonio da Silva Ramos

Profª Drª Susana Cecília Igayara-Souza

Colaboradora em estágio de pós-doutorado
Jane Borges

Esta apresentação do Coral da Terceira Idade da USP tem dois objetivos: receber os novos participantes do Programa Universidade Aberta à Terceira Idade e prestar uma homenagem à professora Eclea Bosi, idealizadora do Programa e sua primeira coordenadora. 
Nos 20 anos de existência do Coral da Terceira Idade da USP, muitas pessoas fizeram parte dessa trajetória, em um processo de contínuo de
aprendizado. Foram muitos coralistas, alunos de graduação e pós-graduação,
professores, pró-reitores, funcionários, que deram sua contribuição para este
lindo projeto. Mas em toda essa trajetória, uma pessoa em particular continuará
a ser nossa grande referência: a professora emérita Ecléa Bosi. Convidamos uma aluna da pós-graduação, Carolina Andrade Oliveira, para que desse o seu depoimento sobre a professora Ecléa, que reproduzimos abaixo. 

Confesso que tive um certo receio
quando minha orientadora sugeriu que eu cursasse a disciplina da professora Ecléa,
afinal, era A Ecléa Bosi, a escritora, a professora emérita, a idealizadora da Universidade
Aberta à Terceira Idade, a ganhadora de prêmios. O currículo e a fama eu já
conhecia, mas não a professora, a mulher. Eu acabara de entrar na
pós-graduação, e posso dizer que cursar Cultura
e Memória Social: a História Oral foi uma das melhores escolhas que fiz no
mestrado, que estou prestes a concluir. Para além de todos os textos e autores
apresentados e estudados, Ecléa conduzia as aulas de um jeito muito particular,
sempre nos instigando, nos tirando da nossa posição de conforto, nos fazendo
tentar enxergar os outros no mundo – os pobres, os operários, os velhos – e
pelos olhos dos outros. Lembro-me dela falando de música, que o Bela Ciao era um canto de trabalho nas
plantações de arroz e depois se tornou um símbolo da resistência italiana na
Segunda Guerra Mundial. Ela adorava os prelúdios de Rachmaninoff, chegou a mencioná-los mais de uma vez. Também me lembro
dela discorrendo sobre a postura do entrevistador, que o principal é aprender a
ficar em silêncio e prestar atenção, e que essa é uma postura importante pra
vida. Em certa ocasião numa aula, quando questionada sobre o termo velho ser politicamente incorreto, ela
disse: “Eu não gosto disso! Velho, idoso,
tanto faz pra mim. Eu acho velho uma coisa honrosa. Porque se você tem um velho
amigo é uma honra pra você, e se você tem um amigo velho melhor ainda!”.  
Carolina Andrade Oliveira, mestranda em Música e integrante do Comunicantus. 

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